KitanaFest

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sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

ADVOGADA É PRESA POR SUSPEITA DE PARTICIPAR DE GOLPE DE R$ 3 MILHÕES NO RN

A Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (DEFUR) prendeu,  a advogada Brenda Luanna Martins de Mendonça mediante cumprimento de mandado de prisão preventiva. Ela é suspeita de ser a líder de uma organização criminosa que conseguiu furtar aproximadamente R$ 3 milhões de cofres pertencentes a empresas que são correspondentes bancários. Brenda foi presa pelos policiais civis quando estava em um apartamento de luxo, localizado no bairro de Candelária, em Natal. Os crimes teriam sido aplicados no Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Bahia.
Os detalhes da prisão foram revelados em uma coletiva de imprensa que aconteceu na sede da Academia de Polícia (Acadepol), a qual contou com a presença da delegada-geral Adriana Shirley e dos delegados da DEFUR, Cláudio Henrique e Márcio Lemos. De acordo com a investigação da Defur, Brenda Martins oferecia serviços jurídicos para pessoas responsáveis por franquias de correspondentes bancários, as quais estavam sendo acionadas na Justiça pelas empresas financeiras. “A advogada afirmava que cuidaria de todo o processo para os franqueados e que uma forma de quitar a dívida junto às empresas e a Justiça seria arrombando cofres que estavam nas franquias. Ela dizia que ficaria com 50% do valor e que o restante seria depositado para a Justiça com o intuito de finalizar o processo, porém, tal dinheiro não era depositado judicialmente, o que caracteriza o crime de furto”, detalhou o delegado da DEFUR, Cláudio Henrique.
O grupo criminoso liderado por Brenda Martins, contava com o trabalho de uma mulher que ia até os correspondentes bancários para agenciar os responsáveis e com o trabalho de um casal que realizava o arrombamento dos cofres. “Maria Edília Costa Silva Neta, apontada como a agenciadora, já está com o mandado de prisão preventiva expedido. Informações preliminares dão conta de que ela está na Suíça e nós pretendemos prendê-la em breve”, afirmou o delegado Cláudio Henrique.
Além dos integrantes deste grupo, a Defur está investigando a participação de mais pessoas, dentre os quais os responsáveis pelos correspondentes bancários que aceitaram entrar no esquema. “Nós iremos investigar qual foi a conduta de cada pessoa, pois sabemos que o esquema é bem mais amplo. Brenda Martins foi autuada pelos crimes de furto e organização criminosa”, concluiu o delegado.
MossoróHoje 

PACIENTES SEM IDENTIFICAÇÃO DIFICULTAM À ASSISTÊNCIA DO WALFREDO GURGEL

Uma das situações que mais preocupam e causam diversos transtornos as rotinas das equipes assistenciais do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG) são as internações de pacientes que dão entrada e permanecem durante longos períodos sem identificação.
Em sua grande maioria, o perfil desse tipo de paciente é caracterizado por ser do sexo masculino, acima dos 25 anos, morador de rua, vítima de acidente de trânsito ou da violência urbana e que no momento da ocorrência, não portava qualquer documento pessoal com foto.
Quase sempre trazidos pelo Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu), as vítimas geralmente chegam com quadro agravado de saúde, inconscientes e necessitando de atendimento médico de urgência.
“Estes são os pacientes de maior risco e que chegam a permanecer muito tempo em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI). Isso dificulta ainda mais o trabalho do Serviço Social porque não temos nem como conversar com o paciente para extrair dele alguma informação que possa nos orientar para encontrar algum parente, amigo ou conhecido”, explica a chefe do Serviço Social, Sandra Moura.
Estar em um ambiente de tratamento intensivo, porém, não é o único fator que pode dificultar a identificação do paciente. Os traumas decorrentes dos acidentes também podem causar confusão, agitação e perda de memória. Outras vezes, o acidentado não possuiu documentos pessoais, não sabe o nome dos parentes, não lembra um número de telefone, nem do endereço residencial.
“Enfrentamos as mais diversas situações. Já tivemos casos de pessoas que nos davam o nome do bairro e da rua, mas nenhum morador afirmava conhecer o paciente”, relembra Sandra. Demais situações como não lembrar o próprio nome, o do pai ou da mãe, nunca haver possuído sequer uma certidão de nascimento, não são raras.
A situação se complica ainda mais quando o paciente, após meses de internação, recebe alta médica. Sem ter para onde ir e sem familiares que o recebam, o doente permanece por longos períodos ocupando um leito nas enfermarias do Walfredo Gurgel, impedindo que outro paciente, em uma maca no corredor, receba essa vaga.
A diretora geral do HMWG, Maria de Fátima Pereira Pinheiro, diz que “apesar de não ser a principal causa da superlotação dos corredores do Pronto Socorro Clóvis Sarinho (PSCS) a desocupação de um leito em enfermaria (por um paciente não identificado e já de alta) faz toda a diferença para quem precisa de um melhor atendimento e cuidado”.
Sandra chama a atenção para a falta de espaços públicos onde estes pacientes possam ser recebidos quando precisam se desligar do hospital.
“O município de Natal não tem unidades para assistir pessoas que precisam de guarida depois que saem de alta. E este é um problema gravíssimo que já devia ter sido resolvido pelos gestores do município”.
Ela ainda conta que, sem ter para onde encaminhar o paciente, este permanece no HMWG recebendo alimentação, atenção das equipes assistenciais e passando a usar as instalações do hospital como hotelaria e não mais para cuidados médicos.
Quando o paciente vai a óbito, outro problema surge: o enterro sem identificação. Se vítima de violência, o corpo é encaminhado para o Instituto Técnico de Polícia (Itep) que adota as medidas cabíveis do sepultamento como indigente.
Mas, quando o doente vem a falecer de causas naturais, o corpo é doado a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) que, após um período de 30 dias, cede o cadáver para o departamento de biociências para fins científicos.
Diante de tanto, a assistente social alerta: “é imprescindível que todo cidadão ao sair de casa porte seus documentos pessoais de identificação, além do Cartão SUS. Não sabemos o que vai acontecer conosco ao sairmos para trabalhar, para ir ao médico, ao shopping.
Até mesmo para fazer alguns exames pelo Sistema Único é preciso estar identificado. Por isso, sempre que precisar deixar seu lar, por qualquer razão, porte seus documentos”.

JOSÉ DIAS PEDE A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA QUE SUSPENDA SEU SALÁRIO

Deputado estadual José Dias
O deputado estadual José Dias (PSDB), que exerce o seu quinto mandato na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, tomou uma atitude inusitada. Hoje, 25 de janeiro, o deputado enviou um ofício à Secretaria Administrativa solicitando a suspensão de seu salário até que o Governo do Estado coloque em dia o salário dos servidores públicos estaduais.
No ofício protocolado às 11h33 de hoje na Secretaria Legislativa, José Dias pede à Secretaria Administrativa “a adoção de providências no sentido de suspender o depósito de seu subsídio, excluídos os descontos obrigatórios e constantes de seu contracheque, até a data em que o Poder Executivo atualizar o pagamento dos seus servidores”.
Matéria publicada no dia 15 de janeiro deste ano pelo Agora RN e assinada pelo repórter Rodrigo Ferreira, fez um levantamento sobre pagamento de salários, benefícios, verbas de gabinete e constatou que os 24 deputados estaduais do Estado receberam R$ 14,8 milhões em 2017.
José Dias, levantou a matéria, recebeu no ano passado, R$ 585.489,58 sendo R$ R$ 248.552,91 de salários e auxílios e R$ 336.916,67 de verbas de gabinete, uma média salarial de R$ 20.714,00 de vencimentos. Ele foi o 14º parlamentar com maior valor recebido no ano passado.
Nas eleições de 2014, José Dias foi notícia por causa da prestação de seu patrimônio à Justiça Eleitoral. Em setembro daquele ano, ele declarou que R$ 34.589.429,51 em patrimônios que na época ultrapassou a soma dos bens dos três principais candidatos à Presidência da República e ao governo do Estado do Rio Grande do Norte.
José Dias, 78, é bacharel em Direito e especializado em economia. Chegou a ser professor de História das Doutrinas Econômicas na antiga Fundação José Augusto que funcionou como faculdade.

EMPRESÁRIOS DISCUTEM ESTRATÉGIA ELEITORAL E ARTICULAM "CHAPA DO SETOR PRODUTIVO"

Empresários
Representantes do setor produtivo querem formar uma chapa competitiva para disputar as eleições de outubro no Rio Grande do Norte. Insatisfeitos com o status quo e com a configuração que se desenha para o próximo pleito, gestores empresariais têm feito reuniões de cunho político com o objetivo de traçar uma estratégia eleitoral que acomode os interesses do segmento.
Quatro personagens têm se destacado na articulação e podem ser candidatos em 2018. São eles os empresários Tião Couto e Marcelo Alecrim, que atuam respectivamente nos setores petrolífero e de combustíveis, o desembargador de Justiça Cláudio Santos e o ex-governador Melo.
A pretensão do grupo é que a definição sobre as pré-candidaturas surja nas próximas conversas. Por enquanto, os quatro têm se dedicado ao trabalho de mobilização de outros empresários do estado, buscando adesão ao movimento político.
A avaliação de parcela do empresariado é que as próximas eleições serão propícias à ascensão de “outsiders” na política potiguar. O movimento, observado em boa parte do mundo, consiste na incursão na política de personagens bem sucedidos em outras áreas, notadamente no setor privado.
Em entrevista ao Agora RN nesta quinta-feira, 25, Geraldo Melo afirmou que, pelo que tem ouvido nas reuniões, “o setor produtivo vai sair do casulo em 2018”. Na avaliação dele, o cenário eleitoral para o Governo do Estado ainda não está definido e há campo para o surgimento de uma candidatura competitiva para disputar a sucessão de Robinson Faria (PSD).
Tião Couto é outro que já se pronunciou publicamente sobre o assunto. O empresário disputou as eleições de 2016 na condição de candidato a prefeito de Mossoró e, na oportunidade, ficou em segundo lugar. Agora, ele é cogitado para disputar o Senado ou até mesmo o Governo.
O empresário, que saiu recentemente do PSDB e é cotado no PR, diz que o grupo político ao qual pertence terá candidatos próprios em todos os cargos em disputa na eleição deste ano. “Vamos ter candidatos na majoritária. Este é o nosso projeto, e vamos seguir com ele. No final de fevereiro ou em março, teremos a definição dos nomes. Isso está aberto, mas é mais provável que eu seja candidato a governador. Vai depender de uma decisão colegiada”, comenta.
Marcelo Alecrim e Cláudio Santos, por sua vez, evitam tratar do tema.
O magistrado justifica o silêncio com a sua condição de desembargador. “Como magistrado, não posso fazer política partidária e não tenho feito. Apenas eu sou uma autoridade pública participativa, gosto de participar dos debates, de opinar a respeito das questões. Mas não faço política partidária”, ressaltou, em declaração recente.
Alecrim, por sua vez, é ainda mais discreto. Provocado a falar sobre eleições, diz que não tem pretensões políticas. Apesar disso, pessoas próximas ao empresário confirmam sua participação nos diálogos e revelam que ele terá atuação no processo político.