KitanaFest

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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

CGU CAPACITA PREFEITOS DO RN PARA CORRETA APLICAÇÃO DOS RECURSOS FEDERAIS

A Controladoria Geral da União (CGU) promove no dia 6 de fevereiro, em Natal, o Encontro Município Transparente que tem como objetivo orientar os prefeitos eleitos e reeleitos sobre a correta aplicação dos recursos públicos federais. As inscrições podem ser feitas pela internet até o dia 31 de janeiro.
Os prefeitos também podem inscrever assessores, controladores e procuradores dos municípios, caso haja vagas disponíveis.
O encontro acontece em todos os estados do país. Durante a capacitação serão tratados temas como fiscalização nos municípios, orçamento, licitações e contratos, prestação de contas, ouvidoria, transparência pública, Lei Anticorrupção e atuação do controle interno na Administração Pública.
Os gestores também receberão informações sobre as mudanças na forma de escolha dos municípios que serão alvos de fiscalização por parte da CGU em 2017.
Painel Municípios
No encontro será lançado o Painel Municípios, um portal que traz informações coletadas pela CGU sobre a gestão de cada município. O site permitirá aos prefeitos e a qualquer cidadão encontrar informações sobre relatórios de auditorias e fiscalizações já concluídas; valor de transferência de recursos federais; convênios celebrados com a União; denúncias recebidas; operações especiais; e relação de empresas declaradas inidôneas. A ferramenta buscará apoiar a gestão municipal e permitir à sociedade colaborar com o controle das ações dos seus governantes.

Serviço
Encontro Município Transparente
Data: 6 de fevereiro
Horário: 13h
Local: Auditório da Escola de Governo

SÃO JOSÉ DO CAMPESTRE: "DENUNCIA" TRANSPORTE ESCOLAR SEM PNEUS


Ônibus do lado esquerdo falta pneu traseiro

Nossa redação recebeu na manhã de hoje 27 de janeiro, denuncia sobre os transportes escolares de São José do Campestre, conforme as fotos, podemos ver que os ônibus que deveriam está sendo preparados para transportar os alunos com inicio do ano letivo, estão estacionados em um terreno, (pois o município não disponibiliza de uma garagem pública que comporte os mesmos), já se encontram sem pneus, tornando-se incapaz de ser utilizados.
Esperamos que as autoridades competentes tomem as providências e não deixem esses transportes entrarem para estatística de ônibus abandonados do nosso município.
Esses transportes foram adquiridos nas ultimas gestões e desde então vem atendendo a classe estudantil em plena atividade, tanto na zona rural quanto aos alunos universitários, Esperamos que a Primeira Prefeita Professora tenha um olhar voltado para Educação, tal quanto a gestão passada.
Ônibus sem o pneu dianteiro
 
OBS: O Blog A Transparência está aberto para que a gestão municipal, explique o que está acontecendo com o transporte escolar.

JOGO DA AMIZADE GARANTE AUDIENCIA RECORDE NA TV

brasil-e-colombia-jogo-amizade_2016

Transmitido em rede para várias emissoras abertas e canais esportivos pagos, a partida entre Brasil x Colômbia rendeu bons números a televisão brasileira. A torcida em volta da TV foi de quase 23 milhões de pessoas, divididas pelas regiões do país.
Dados do Instituto GfK afirma que o amistoso realizado na última quarta-feira (25) alcançou na TV 22,8 milhões de pessoas. A pesquisa foi realizada em 15 regiões

FLAMENGO TREINA NA ARENA DAS DUNASPARA CAMPEONATO CARIOCA NESTA SEXTA-FEIRA

O Flamengo realiza treino e reconhecimento de campo na Arena das Dunas, nesta sexta-feira (27) a partir das 18h30, às vésperas da estreia no Campeonato Carioca. O treino será fechado tanto para a imprensa como para a torcida.
O time rubro-negro, que chega em Natal às 14h desta sexta-feira, irá fazer sua estreia no torneio na Arena das Dunas contra o Boavista no sábado (28), às 18h30, no horário local.
As vendas estão abertas na Sport Master (Midway Mall, Norte Shopping e Natal Shopping) e também no Pittsburg da Prudente de Morais e na Bilheteria 1 da Arena das Dunas (lado Prudente de Morais – Portão T).
Preços:
1º Anel Leste (FLAMENGO) R$ 120/R$ 60
Anel Sul (FLAMENGO) R$ 80/R$ 40
1º Anel Noroeste (BOAVISTA) R$ 130/R$ 65
HOSPITALIDADE OPEN BAR:
INTEIRA: R$ 210
R$ 180 ingresso + R$ 30 Benefícios (Dj, cerveja, refrigerante e água)
MEIA: R$ 120
R$ 90 ingresso + R$ 30 Benefícios (Dj, cerveja, refrigerante e água)

CENAS LAMENTÁVEIS MARCAM RETA FINAL DE CLÁSSICO POTIBA EM MOSSORÓ

Como todo bom amante de futebol, ontem acompanhei mais alguns jogos pelo mundo e um deles foi o clássico mossoroense Potiguar e Baraúnas.
O duelo foi válido pela 3ª rodada do Campeonato Estadual. Marcou o encerramento da rodada, que foi realizada ao longo de cinco dias.
Confronto com grande história, sempre espera-se grandes jogos envolvendo a dupla de Mossoró. Ontem não foi diferente. Jogo equilibrado, duro, e que no fim terminou com vitória do Baraúnas por 2 a 1.
Meus amigos, confesso que gostaria de estar aqui apenas para falar do jogo em si, do espetáculo que as duas equipes promoveram dentro de campo, mas sou forçado ao contrário.
Ontem nós registramos cenas lamentáveis para a imagem do futebol de Mossoró.
Logo depois que o Baraúnas virou a partida, aos 41 minutos do 2º tempo, um confronto foi iniciado entre torcedores organizados das duas equipes. Teve muita pancadaria.
O árbitro da partida, acertadamente, parou o jogo até que a situação fosse controlada nas arquibancadas. A polícia interviu e, uns cinco minutos depois, conseguiu apaziguar os ânimos na bancada do Nogueirão.
Chega a ser irritante saber que ainda existem seres humanos que saem de suas casas, deixam seus filhos, pais e mães para ir a um estádio de futebol procurar confusão.
O que será que um cara desse desenvolve na cabeça? Pelo amor de Deus…
Só nos resta esperar para que os responsáveis por essa palhaçada sejam severamente punidos.
Infelizmente, falta pulso no Brasil para identificar e barrar esses agressores dos estádios de futebol.
Certamente, o espetáculo que é uma partida seria bem melhor sem eles. O lado bom das organizadas precisa ser preservado e isso é indiscutível. Só precisamos barrar quem vai ao estádio com o único intuito de fazer baderna.
Aguardemos.

GOE E GRUPO ESPECIAL INVADEM PAVILHÃO 5 EM ALCAÇUZ

 
 
Por volta das 05:00h da manhã desta sexta-feira tropas do Grupo de Operação Especial(GOE), da Sejuc e do DEPEN invadiram o Presidio Rogério Coutinho Madruga, o famoso pavilhão 5 em Alcaçuz onde no dia 14/01 o PCC começou toda rebelião que culminou com essa grande crise no sistema prisional que estamos vivendo nos últimos dias no RN.
Segundo informações apuradas pelo BG, o grupo já vai começar as revistas imediatamente e a recontagem dos presos também, assim como irão permanecer no local.
A primeira ação foi hastear as bandeiras do Brasil e do estado do Rio Grande do Norte.

AGENTES FEDERAIS CHEGAM AO RN E GOVERNADOR ENTREGA EQUIPAMENTOS PARA SEGURANÇA

O governador Robinson Faria e os secretários de Segurança Pública e da Justiça e Cidadania recepcionaram nesta quinta-feira (26) os 80 agentes penitenciários que fazem parta da Força Tarefa de Intervenção Penitenciária. O grupo suplementará a segurança durante intervenção nas penitenciárias de Alcaçuz, Rogério Coutinho Madruga (Pavilhão 5) e em mais outras unidades prisionais designadas pela Sejuc.
Na solenidade de recepção dos agentes, o governador entregou 46 espingardas calibre 12, munições de baixa letalidade, granadas e espargidores (spray). Os recursos de R$1.467.063,50 são proveniente do caixa do Governo do Rio Grande do Norte e do Departamento Penitenciário Nacional, Depen.
Além dos equipamentos, a Sejuc também está adquirindo 15 picapes 4×4 , 8 furgões, 400 coletes, 20 capacetes balísticos, 5 escudos balísticos, 40 submetralhadoras, 300 pistolas, 12 mil munições letais que vão ser utilizados pelos agentes penitenciários do estado no trabalho preventivo e repressivo do sistema penitenciário do RN, com recursos do tesouro estadual.
O governador Robinson Faria falou sobre o repasse dos equipamentos para os agentes de segurança, bem como avaliou a celeridade do Depen, via Ministério da Justiça, no atendimentos dos pleitos para restabelecer a ordem no presídio de Alcaçuz. “Minha palavra é de agradecimento ao ministro da Justiça Alexandre Morais, que entendeu a nossa necessidade e deu uma resposta ágil, permitindo pacificar os ânimos na penitenciária”, disse o chefe do Executivo Estadual, destacando que a prudência das polícias militar e civil impediu que houvesse mortes de agentes de segurança, de civis e de mais apenados.
Marco Antônio Severo, diretor-Geral do Depen, fez um balanço da atuação das forças de segurança do RN no controle da rebelião, e destacou o esforço colaborativo entre as esferas pública estadual e federal. “Os agentes que estão aqui para reforçar a segurança vieram de forma voluntária para ajudar a retomar a rotina penitenciária e restabelecer a ordem”.
Os titulares da Secretaria de Segurança e Justiça e Cidadania, Caio Bezerra e Wallber Virgulino, respectivamente, destacaram a união também do Corpo de Bombeiros, Itep e Polícia Civil que cumpriram as missões e devolveram a tranquilidade à cidade, e falaram que a chegada dos agentes federais será essencial para a padronização dos trabalhos nas detenções.

BRASIL TEM PIOR SURTO DE FEBRE AMARELA JÁ RELATADO DESTE 1980

O Brasil vive o pior surto de febre amarela desde 1980, quando os dados da doença começaram a ser registrados pelo Ministério da Saúde. Até esta quinta-feira, 26, foram confirmados 88 casos, com 43 mortes. Minas concentra quase a totalidade dos registros: 84 confirmações, com 40 óbitos. Além da explosão dos números, a infecção se alastra pelo País. Mato Grosso do Sul e Goiás, que este ano ainda não haviam notificado suspeitas, informaram nesta quinta dois casos sob investigação.
Desde 1980, o pico havia sido em 2000, quando foram confirmados 85 casos. Os registros em análise também subiram de forma expressiva. Em Minas, são 383. No Espírito Santo, Estado que até este ano nunca havia registrado nada, 32. Outros 6 estão em análise na Bahia. Contando casos de Mato Grosso do Sul e Goiás, são 423 suspeitas.
Para o diretor do departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Eduardo Hage, o que mais chama a atenção no surto deste ano é a velocidade de expansão. Os primeiros registros foram em Minas, no início do mês. Depois disso, o governo mineiro já notificou 486 casos, em 51 municípios. Desse total, 19 foram descartados, 84 foram confirmados e 383 estão em análise.
Hage afirma não haver uma explicação para a expansão de casos tão rápida. Ele avalia ser remota, por exemplo, a possibilidade de que o surto deste ano seja provocado por um vírus mais agressivo. “O vírus da febre amarela é bastante estável.” O diretor, no entanto, chama a atenção para a localização dos primeiros casos: cidades mineiras onde as taxas de imunização contra a doença são consideradas baixas e municípios do Espírito Santo, onde até este ano não havia registro de casos e, justamente por isso, não tinham indicação para vacina.
Tanto Mato Grosso do Sul quanto Goiás são Estados classificados como área de risco para febre amarela e, portanto, onde a vacinação contra a doença é feita de forma rotineira. Mesmo assim, foram enviadas para Goiás 30 mil doses extras de vacina. Para Mato Grosso do Sul, outras 25 mil.
A vacina contra febre amarela é indicada para populações que residem em 18 Estados, além do Distrito Federal. A imunização pode ser feita a partir dos 6 meses de idade, desde que respeitadas contraindicações. Embora esteja no calendário vacinal de boa parte do território do País, a cobertura nacional é baixa: 65%. O recomendado é que pelo menos 95% da população da área de risco esteja imunizada contra a doença.
Apesar de a baixa cobertura vacinal ser evidente, a prioridade, neste momento, será imunizar as áreas consideradas de maior risco: Estados onde há casos suspeitos e confirmados de febre amarela, municípios próximos das regiões atingidas e áreas com registros de morte de macacos. A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues, afirmou que somente passado o surto um esforço deverá ser feito para tentar melhorar a cobertura vacinal de Estados onde há recomendação da vacina, mas que apresentam indicadores considerados ruins. Também será discutida a ampliação da recomendação da vacina para todas as crianças do Brasil, e não apenas para as regiões consideradas de risco.
Rio e São Paulo. O Ministério da Saúde tem afirmado que a produção de vacina no País é suficiente para atender o aumento da demanda. Nesta quinta, o governo do Rio solicitou uma segunda remessa, de 350 mil doses. O Estado já havia solicitado e recebido outras 350 mil doses, que começaram a ser distribuídas às prefeituras fluminenses na terça-feira.
Em São Paulo, a vacina contra a doença está em falta na maioria das clínicas particulares da capital paulista, segundo levantamento da Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (Fehoesp). “Os lotes importados, do laboratório Sanofi Pasteur, terminaram por causa da grande procura”, disse a entidade, em nota divulgada nesta quinta.
Questionada, a Sanofi Pasteur afirmou que a distribuição das doses da vacina “encontra-se dentro da normalidade no mercado privado brasileiro” e acaba de receber um novo lote do produto, que deverá começar a ser distribuído em todo território nacional no início de fevereiro.

GOVERNO ENCERRA PAGAMENTOS DO FUNCIONALISMO DE DEZEMBRO NESTA SEXTA-FEIRA

O Governo do Rio Grande do Norte conclui nesta sexta-feira (27) a folha de dezembro, quando paga o complemento salarial aos servidores ativos, aposentados e pensionistas que recebem acima de R$ 4 mil, soma equivalente a R$ 63 milhões.
O grupo desta faixa salarial já havia recebido uma parcela de R$ 4 mil desde o dia 21 de janeiro. Já 82% dos servidores receberam integralmente os salários desde o início do mês.
Por solicitação dos sindicatos e associações dos servidores, o Governo vem pagando a folha por faixa salarial, sem distinção entre ativos, aposentados e pensionistas.

COM CADEIAS JÁ SUPERLOTADAS, PAÍS TEM 564 MIL MANDATOS DE PRISÃO EM ABERTO

Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) obtidos pelo Estado mostram que há 564.198 mandados de prisão expedidos aguardando cumprimento no Brasil. Esse total supera a quantidade de vagas oficialmente existentes nos presídios: 376.669, de acordo com o último balanço do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), publicado em 2014. Se os mandados fossem cumpridos de uma só vez, seria preciso ocupar todas essas vagas e ainda criar mais 50% para abrigar somente esses réus.
Uma pessoa pode ter mais de um pedido de prisão contra si, e o CNJ não faz esse filtro para selecionar os mandados contra o mesmo réu. Mesmo assim, o juiz Douglas Martins considera que bastaria o cumprimento de uma pequena parcela para deixar o sistema penitenciário “ainda mais inviável”.
Martins, que coordenou o Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Educativas do CNJ entre 2013 e 2014, disse que os dados apontam um “modelo penal fracassado”. “O nosso sistema penitenciário já é inviável, com o aumento natural da população carcerária que temos ano a ano. Digamos que, desses 560 mil mandados, fossem cumpridos 100 mil, tornaria ainda mais inviável.” A superlotação de presídios é apontada como um dos gargalos do sistema penitenciário e um fator que contribui para fugas e crises, como a que acontece há duas semanas no presídio de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, além de massacres, como os da prisão potiguar, Manaus e Boa Vista.
O Tribunal de Justiça de São Paulo é o que tem o maior número absoluto de mandados expedidos – 175.219 –, seguido de Minas Gerais (49.425), Rio (44.607) e Pernambuco (36.925). Os dados constam do Banco Nacional de Mandados de Prisão do CNJ.
O subprocurador-geral da República Mario Bonsaglia, coordenador da Câmara de Sistema Prisional e Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público Federal (MPF), diz que os números de mandados “falam por si sós sobre a caótica situação do sistema prisional brasileiro” e “evidenciam que há um problema de política criminal e não apenas de política prisional”.
Bonsaglia atua pelo MPF no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e afirma que é comum chegarem pedidos de habeas corpus para autores de crimes que poderiam ter obtido a aplicação de pena restritiva de direitos, em vez de regime fechado, se os tribunais regionais aplicassem a jurisprudência das cortes superiores.
BRASÍLIA – Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) obtidos pelo Estado mostram que há 564.198 mandados de prisão expedidos aguardando cumprimento no Brasil. Esse total supera a quantidade de vagas oficialmente existentes nos presídios: 376.669, de acordo com o último balanço do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), publicado em 2014. Se os mandados fossem cumpridos de uma só vez, seria preciso ocupar todas essas vagas e ainda criar mais 50% para abrigar somente esses réus.
Uma pessoa pode ter mais de um pedido de prisão contra si, e o CNJ não faz esse filtro para selecionar os mandados contra o mesmo réu. Mesmo assim, o juiz Douglas Martins considera que bastaria o cumprimento de uma pequena parcela para deixar o sistema penitenciário “ainda mais inviável”.
Martins, que coordenou o Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Educativas do CNJ entre 2013 e 2014, disse que os dados apontam um “modelo penal fracassado”. “O nosso sistema penitenciário já é inviável, com o aumento natural da população carcerária que temos ano a ano. Digamos que, desses 560 mil mandados, fossem cumpridos 100 mil, tornaria ainda mais inviável.” A superlotação de presídios é apontada como um dos gargalos do sistema penitenciário e um fator que contribui para fugas e crises, como a que acontece há duas semanas no presídio de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, além de massacres, como os da prisão potiguar, Manaus e Boa Vista.
O Tribunal de Justiça de São Paulo é o que tem o maior número absoluto de mandados expedidos – 175.219 –, seguido de Minas Gerais (49.425), Rio (44.607) e Pernambuco (36.925). Os dados constam do Banco Nacional de Mandados de Prisão do CNJ.
O subprocurador-geral da República Mario Bonsaglia, coordenador da Câmara de Sistema Prisional e Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público Federal (MPF), diz que os números de mandados “falam por si sós sobre a caótica situação do sistema prisional brasileiro” e “evidenciam que há um problema de política criminal e não apenas de política prisional”.
Bonsaglia atua pelo MPF no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e afirma que é comum chegarem pedidos de habeas corpus para autores de crimes que poderiam ter obtido a aplicação de pena restritiva de direitos, em vez de regime fechado, se os tribunais regionais aplicassem a jurisprudência das cortes superiores.
“Especialmente no atual contexto brasileiro, não há por que confinar em prisões promíscuas e sob influência ou mesmo controle de organizações criminosas autores de pequenos delitos, primários e com bons antecedentes, que possam fazer jus aos benefícios previstos nas leis e na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) e do STJ”, afirma Bonsaglia.
No caso do Rio Grande do Norte, que tem vivenciado uma série de motins em Alcaçuz, há 11.029 mandados de prisão aguardando cumprimento. A comparação com o número de presos registrado pelo Depen, 7.658, mostra que lá há mais foragidos do que presos.
Membro e ex-presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, André Kehdi avalia que o número de mandados em aberto representa, por um lado, a ineficiência policial e irresponsabilidade da Justiça e, por outro, a falta de vontade do Estado em cumpri-los, dada a situação de calamidade das cadeias. “Quando muito, a polícia vai no endereço indicado no processo. Na maioria dos casos, nem isso ela faz. Insere o mandado em um registro que fica no cadastro dos órgãos públicos. Aqui em São Paulo, alguém que tenha mandado de prisão vai ao Poupatempo tirar uma segunda via do RG, renovar a CNH e é preso”, disse. “O governo sabe que, se cumprir todos os mandados, não tem como dar conta. Há um faz de conta de que há justiça”, acrescenta.
Procurados. Os crimes mais recorrentes entre os registros de presos no Brasil são o tráfico de drogas (27%) e roubo (21%), de acordo com os dados do último levantamento do Departamento Nacional Penitenciário. O número de presos por crimes relacionados a drogas em 2005 era de 14% do total da massa carcerária do Brasil, mas praticamente dobrou até 2014.
“A jurisprudência do STF e do STJ admite concessão do regime inicial aberto ou semiaberto para casos de tráfico de drogas, dependendo da pena aplicada. O não acatamento desta jurisprudência dos tribunais superiores acaba fazendo que haja números significativos de pessoas condenadas por tráfico que estão cumprindo penas em prisões ou presas provisoriamente, em regime fechado, quando poderiam estar em regime aberto ou em pena alternativa”, diz o subprocurador-geral da República Mario Bonsaglia.
A pena pode ser menor, por exemplo, se o preso por tráfico não tiver associação a traficantes, se houver bons antecedentes criminais, se a quantidade de drogas for pequena. A subprocuradora-geral da República Luiza Cristina Fonseca Frischeisen, coordenadora da Câmara Criminal do MPF, também defende penas alternativas. “Alguns tribunais, como o de São Paulo, costumam aplicar regime fechado direto. Os Tribunais de Justiça têm de cumprir a jurisprudência das cortes superiores.”