KitanaFest

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terça-feira, 23 de janeiro de 2018

BANDA ROUPA NOVA APRESENTA O SHOW "TODO AMOR DO MUNDO" NA ARENA DAS DUNAS

Com 35 anos de banda, 37 álbuns lançados e mais de 20 milhões de cópias vendidas, a banda Roupa Nova volta a Natal, após 4 anos, para única apresentação, no dia 21 de abril, na Arena das Dunas. No repertório, sucessos que atravessaram gerações e ainda se mantém com seus refrões que se tornaram hinos entre os fãs da banda.
Cleberson, Feghali,Kiko, Nando,Paulinho e Serginho são os seis integrantes da banda, e agora protagonistas do novo trabalho “Todo Amor do Mundo”. O trabalho vem de uma forma conceitual trazer a história do início de carreira desses grandes músicos, compositores e poetas. Uma história que se passa no final dos anos 60, quando eram apenas seis adolescentes querendo viver o sonho da música.
“Todo amor do mundo”, que está no mercado através de um livro ilustrado e 2 CD”s – contendo nove faixas cada – conta a história de um menino da década de 60 que viveu todas as histórias peculiares da época, onde o que ditava o tom da vida eram os sonhos. No desenrolar da história o público vai se surpreender ao encontrar no personagem, características de cada um dos integrantes da banda.

SEGUNDO SUSPEITO DE ASSALTAR PM É PRESO AO PROCURAR ATENDIMENTO NA UPA

A Polícia Militar prendeu, por volta das 15 horas desta segunda-feira, o segundo envolvido (ainda não identificado) no assalto contra um cabo do Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE). O suspeito foi  baleado pelo militar e procurou atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Pajuçara, na zona Norte de Natal. Ele foi localizado pelas guarnições que realizavam diligências em unidades de Saúde na capital.

O outro suspeito, também atingido pelo policial na troca de tiros, já havia sido preso na manhã de hoje, no conjunto Panatis, na zona Norte. Vítima de assalto da dupla, que chegou em uma motocicleta, o cabo da CPRE reagiu e foi ferido no braço e tórax. Ele foi socorrido no pronto-socorro Clóvis Sarinho, do Hospital Walfredo Gurgel, e não corre risco de morte.

Desde o início deste ano, outros dois policiais foram vítimas de atentados fatais. No último dia 15, o sargento André Mário Dantas Siqueira, de 40 anos, foi assassinado em São Gonçalo do Amarante, na Região Metropolitana de Natal. Ele participava de uma festa e foi alvejado por criminosos. Já no dia 7 do mesmo mês, o cabo Carlos Alberto Araújo da Costa, de 48 anos, foi morto no bairro das Rocas, na zona Leste, ao ser baleado pelas costas por dois homens.

"MINHA PROXIMIDADE COM CARLOS EDUARDO NÃO É NOVIDADE", DIZ JOSÉ AGRIPINO


Visto ao lado do prefeito Carlos Eduardo e membros da gestão do pedetista na última sexta-feira, 19, durante uma visita técnica realizada pelo chefe do Executivo municipal em obras que estão sendo executadas nos loteamentos Brasil Novo e Novo Horizonte, na zona Norte da capital potiguar, o senador José Agripino Maia (DEM) disse em contato exclusivo com o Portal Agora RN que, de fato, tem se aproximado do gestor natalense.
O líder do Democratas destacou, no entanto, que sua parceria com o pedetista não pode ser considerada novidade uma vez que fez parte da última campanha do prefeito para o cargo máximo de Natal. “Fui convidado e compareci porque as obras tiveram minha participação. Fui várias vezes com ele viabilizar os recursos junto ao Ministério das Cidades. Minha proximidade com ele é real, mas não é de agora, fiz parte da campanha dele em 2016 e isso não é novidade para ninguém”, admitiu Agripino.
Questionado pela reportagem se procurou fazer ato político na zona Norte, já que é pré-candidato declarado à reeleição no Senado Federal, o democrata rechaçou a possibilidade. “Evidente que não. O que fiz foi apenas um ato de visita. Nem falar eu falei, só quem falou foi ele (Carlos Eduardo). Eu simplesmente estive ao lado dele nas ruas, não me manifestei em nenhum momento e isso deixa claro que não procurei me promover na comunidade”, concluiu.
Nos bastidores, uma possível dobradinha para as eleições de 2018 vem sendo cogitada tendo os nomes de José Agripino e Carlos Eduardo. Enquanto o atual senador concorreria a reeleição em Brasília, o atual prefeito de Natal se lançaria candidato ao cargo de governador do Rio Grande do Norte. No entanto, apesar dos indícios, o prefeito jamais admitiu ter intenção de concorrer ao cargo máximo do Estado, assim como já fez outrora.
Vereador acusa prefeito de promover aliados
Apesar da negativa de José Agripino, o vereador de Natal Cícero Martins (PTB) acusou Carlos Eduardo de ter promovido seus aliados visando votos para a próxima campanha eleitoral. Em declaração dada via assessoria, o parlamentar questionou a presença de Agripino na visita às obras. “Essa é a maior prova que estão em campanha, ou aquele povo humilde vê um senador ao vivo sem ser em época de campanha?”, questionou o petebista.
AgoraRN

DETRAN AUTUA CONDUTORES DUAS VEZES EM MESMA BLITZ DA LEI SECA

blitz lei seca
A Operação Lei Seca do Departamento Estadual de Trânsito do RN (Detran) realizou duas blitzen durante o final de semana e chegou a autuar por embriaguez ao volante dois condutores por duas vezes seguidas na mesma noite de fiscalização. As abordagens foram realizadas na Rua Walter Duarte, no bairro de Capim Macio (da sexta-feira para o sábado), em Natal, e na praia de Pirangi (do sábado para o domingo), em Parnamirim.
De acordo com informações do coordenador da Operação Lei Seca no RN, capitão Isaac Paiva, o primeiro caso do condutor que recebeu atuação duplicada se deu em Natal. “Ele foi abordado e se recusou a fazer o teste. Ao ser autuado, ele apresentou um condutor habilitado, entretanto, em vez de assumir o volante o recebedor devolveu a chave ao condutor autuado que assumiu o controle do veículo e saiu. Fomos atrás dele e novamente o abordamos, gerando a reincidência imediata”, relatou.
Já a segunda situação se deu na fiscalização realizada na praia de Pirangi, em Parnamirim. Nesse caso, o motorista se recusou a realizar o teste do etilômetro e foi autuado administrativamente por transgressão a Lei Seca. Ao apresentar um condutor habilitado para conduzir o automóvel ele foi liberado e a cerca de 500 metros da blitz o carro foi parado num posto de combustível e o condutor alcoolizado assumiu a direção do automóvel. “Como havíamos suspeitado que isso ocorreria, nós fomos atrás e presenciamos esse momento, sendo que novamente o abordamos e o autuamos por uma segunda vez”, contou o capitão Isaac.
A Lei Seca prevê que, em casos de reincidência por um período de até 12 meses, a penalidade pecuniária tem o valor dobrado, ou seja, o condutor embriagado arca na primeira autuação com uma multa de R$ 2.934,70. Já na segunda autuação esse valor sobe para R$ 5.869,40, chegando as duas atuações a uma cifra de R$ 8.804,10, além das sanções administrativas como a suspensão ou cassação do direito de dirigir.
Nas duas blitzen realizadas pela Operação Lei Seca foram autuados 24 condutores, a quantidade de abordagens foi menor devido as chuvas que ocorreram na primeira blitz efetivada em Natal.
“Uma informação importante sobre as blitz em Pirangi é que constatamos que ano após ano o número de condutores autuados por embriaguez, especificamente em Pirangi e proximidades, tem diminuído. Isso provavelmente se deve ao fato dos condutores têm a certeza de que serão fiscalizados, pois todos os anos já é tradicional o trabalho na região, o que inibe a prática da infração”, concluiu o capitão Isaac Paiva.

TEMER É CHAMADO DE "GOLPISTA E LADRÃO" EM CAMINHADA EM BRASÍLIA

O presidente Michel Temer foi chamado de “golpista” e “ladrão” durante caminhada, em Brasília, no final da tarde de domingo (21).
Na companhia do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ele foi surpreendido por um manifestante quando se deslocava para o Palácio do Alvorada.
O homem, que não foi identificado, gritou críticas ao presidente, que apenas sorriu e não respondeu. “Fora, Temer”, ressaltou ele.
Para mostrar que está recuperado de infecção urinária, o presidente tem aproveitado para fazer caminhando o trajeto de menos de um quilômetro do Palácio do Jaburu ao Palácio da Alvorada.
No domingo (21), ele promoveu na residência oficial uma reunião com ministros para discutir a retomada das discussões para votação da reforma previdenciária, marcada para fevereiro.

Folha de São Paulo

AVALIAÇÃO DA CAIXA VÊ CHANCE DE CALOTE DO CORINTHIANS NO ESTÁDIO ITAQUERÃO

Resultado de imagem para estadio itaquerão

A Caixa Econômica Federal avaliou como grande a possibilidade de levar calote do Corinthians no acordo de pagamento pelo empréstimo para a construção do Itaquerão. O clube recebeu do banco uma das piores notas na avaliação interna de riscos.
É o que mostram e-mails confidenciais, aos quais a Folha teve acesso, em auditoria externa realizada pelo escritório Pinheiro Neto Advogados e agora em posse do Ministério Público Federal.
A estatal classificou o clube com a nota “E”, com “capacidade para arcar com o compromisso bastante limitada”, em análise sobre a proposta de reestruturação da operação de crédito da arena.
“Não há um racional sobre os referidos riscos [em cima da proposta]. Um dos riscos citados é a insolvência dos devedores”, menciona o banco, em mensagens eletrônicas trocadas entre executivos no mês de junho de 2017.
Essa análise é assinada por Gustavo Sena, gerente-executivo; Darlo de Paula, gerente nacional; e Luiz de Paula, superintendente nacional; e encaminhada por Alexsandro Ramlov de Araújo, do departamento de risco de crédito, para o diretor nacional da Caixa, Jair Luis Mahl.
“Avaliação de risco recente atribuiu rating ‘E’ para o clube, sendo sua capacidade para arcar com o compromisso bastante limitada, podendo resultar em postergação de manutenções, deterioração do ativo ou outras ações contingenciais, inclusive pressões para a liberação de recursos para viabilizar a realização de jogos e eventos frente a necessidade de manutenções emergenciais”, descreve o e-mail.
A troca de mensagens debate sobre um eventual acordo para a volta do pagamento das parcelas pelo empréstimo de R$ 400 milhões feito para a construção do estádio corintiano, por meio de recursos do programa do BNDES Pró-Copa Arenas. O estádio foi inaugurado em 2014 e usado na abertura da Copa do Mundo, no mesmo ano.
A Caixa também se mostra incomodada com o negócio. “A proposta advém de um cenário de constantes frustrações e descumprimentos no âmbito da operação (…), não estão sendo atendido as premissas de receitas, custas e despesas (…), fica evidente que o fluxo de caixa atual do projeto será incapaz de honrar com os compromissos financeiros da Arena”.
“Tratam-se de e-mails discutindo a reestruturação de operação de crédito realizada pela Odebrecht e pelo Corinthians relacionada à construção da Arena Itaquera”, descreve a equipe de investigação que fez a auditoria.
Em resposta, Jair Luis Mahl diz que a reestruturação proposta configurava-se em uma derradeira oportunidade para o banco, o clube e a Odebrecht cumprirem o contrato de financiamento, além de uma tentativa de evitar os riscos de processos judiciais de execução da dívida, tais como demora do Judiciário, insolvência dos acionistas, recebimento de valores aquém do esperado, entre outros.
GARANTIAS
Nos e-mails, Jair Luis Mahl confirma que a estatal queria o valor arrecadado pelo clube com o programa Fiel Torcedor como garantia, como antecipado pela Folha em 19 de dezembro de 2017.
“É a primeira vez que conseguimos agregar garantia adicional na negociação”, menciona o diretor. Posteriormente ao e-mail, o Conselho Deliberativo do clube rejeitou dar aval ao pedido.
Também é mencionada como garantia do empréstimo a alienação fiduciária do Parque São Jorge, sede do clube, além da hipoteca em segundo grau de imóvel, avaliada em R$ 207 milhões. Há ainda outros pontos, como cessão dos direitos de todos os contratos celebrados por terceiros -nesse caso, o item foi classificado como “somente tem valor caso a Arena se mantenha operacional”.
Procurada, a Caixa Econômica Federal afirmou que não pode comentar informações sobre o empréstimo feito para a construção da Arena Corinthians devido à lei que trata do sigilo das operações de instituições financeiras. Os executivos do banco Jair Mahl e Alexsandro Araújo também foram procurados, mas não responderam à Folha.
O Corinthians afirmou que “está cumprindo rigorosamente com todas as parcelas referentes à construção da Arena Corinthians e, por isso, não tem o que comentar sobre a troca de e-mails”.

HELICÓPITERO DA REDE GLOBO CAI NO RECIFE E DEIXA AO MENOS 2 MORTOS


Um helicóptero caiu, na manhã desta terça-feira (23), na Praia do Pina, na Zona Sul do Recife. O acidente com o Globocop ocorreu no mar, por volta das 6h15. De acordo com informações do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), três pessoas estavam na aeronave. Duas delas morreram e uma foi encaminhada para o Hospital da Restauração (HR), na área central capital.
O acidente aconteceu logo depois que o helicóptero fez as imagens da abertura do jornal Bom Dia Pernambuco, nesta terça-feira. O Globocop foi revisado na semana passada e já tinha feito vários voos normais desde então.
A aeronave era pilotada pelo comandante Daniel Galvão. Também estavam no voo o operador de transmissão Miguel Brendo e a sargento Lia, supervisora da empresa proprietária do Globocop. O helicóptero pertencia à Helisae e prestava serviços para a Globo há mais de 15 anos.
Chovia no Recife quando ocorreu o acidente. Bombeiros foram acionados para fazer o resgate. A aeronave afundou e as equipes usam motos aquáticas para localizar o helicóptero. Segundo informações de populares, haveria um quarto tripulante. A corporação tenta localizar a vítima.

"CHEGOU A HORA DE REFUNDAR O BRASIL", DIZ FLÁVIO ROCHA DONO DA RIACHUELO


Às vésperas do julgamento do ex-presidente Lula, marcada para esta quarta-feira, a grande notícia no meio político e econômico tem sido a repercussão da carta-manifesto elaborada pelo pernambucano Flávio Rocha, dono da rede varejista Riachuelo, e endossada por outros 12 empresários de grandes empresas. Em declaração aberta, feita num evento corporativo em Nova York, o executivo criticou os governos petistas, defendeu o livre mercado e convocou o setor produtivo a participar de forma mais ativa da política nacional. Como líder de uma das maiores companhias de moda do Brasil, com faturamento de R$ 4,2 bilhões em 2017, e cada vez mais envolvido nos debates políticos, Rocha assumiu protagonismo no meio empresarial brasileiro.
Seus discursos adotaram o tom de duras críticas contra o loteamento das estatais e o exacerbado intervencionismo do governo no dia a dia das empresas. “Os empresários estão sufocados e não suportam mais o peso do Estado nas costas”, afirma Rocha. Nesta entrevista, ele fala dos motivos que o levaram a redigir a carta-manifesto, analisa o quadro eleitoral e as perspectivas para o país, ainda sob efeitos de uma das maiores crises políticas, institucionais e econômicas da história.
O que o motivou a lançar a carta-manifesto e por que ela foi apresentada somente agora, em ano eleitoral?
Lancei a carta-manifesto porque a modesta recuperação da economia não nos pode fazer esquecer de tudo que nos levou a essa situação. Os últimos 15 anos foram terríveis, com uma quadrilha saqueando o país e enriquecendo os membros do bando. Agora é momento apropriado.
Por que o manifesto foi batizado de “Brasil 200 Anos”?
O manifesto recebeu esse nome porque o país completará dois séculos de independência em 2022, quando se encerra o mandato do governo que será escolhido nesta eleição. Então, 2022 se iniciará em 2018. Sabemos que não será possível consertar tudo em quatro anos, mas será possível fazer muita coisa. Chegou a hora de refundar o Brasil.
Como o senhor analisa o quadro eleitoral, com uma disputa que tende a ser a mais acirrada da história democrática do país?
Não é possível ver que o líder das pesquisas de intenção de voto seja o maior responsável pela crise e um criminoso condenado a quase 10 anos de prisão? A mensagem que passa é que o brasileiro aprova a roubalheira. Não é possível que a corrupção e a crise não tenham deixado uma lição. Não acredito nisso.
A conjuntura melhorou nos últimos meses?
Sim, mas será preciso dar continuidade às reformas, principalmente. Depois da reforma trabalhista, temos de apoiar as outras reformas, como a da Previdência e a tributária. Ainda existe uma insegurança generalizada em razão da grande impopularidade do governo de Michel Temer, mas já está provado que as reformas não são do governo, são da sociedade. Essa década que nós passamos não foi uma década perdida, foi um período de aprendizado.
Se o ambiente está melhorando, por que o senhor demonstra tanta preocupação com os rumos da economia?
Porque ainda existe muito a ser feito. Há alguns dias, o rebaixamento do rating do Brasil pela Standard & Poor’s veio para nos lembrar de que ainda temos uma economia deficitária e mais de 12 milhões de trabalhadores desocupados. Isso é triste e preocupante.
O senhor confia na equipe econômica?
Confio muito. Henrique Meirelles, no Ministério da Fazenda, e Ilan Goldfajn, na presidência do Banco Central, operaram autêntico milagre econômico. Quem poderia imaginar que, um ano depois de uma inflação acima de dois dígitos, a taxa estaria tão baixa? Nem os mais otimistas previam que a Selic despencaria. Isso sem falar do crescimento dos índices de confiança, o reaquecimento das vendas do varejo, entre muitos outros dados positivos. O ideário que rege o país hoje está correto.
O sr. espera que o Brasil seja um país melhor, em termos políticos e econômicos, a partir dos resultados da próxima eleição?
Acredito que sim. Nos últimos anos, o inchaço desmesurado do Estado tirou a competitividade do setor produtivo, estrangulou as empresas. Como dizem lá no Nordeste, no Brasil, o carrapato ficou maior do que o boi. O Estado, hipertrofiado e mal administrado, passou a responder por cerca de 50% do PIB. Com isso, criou-se um ambiente tóxico para o setor empresarial, que gera emprego e renda. Portanto, tenho plena convicção de que teremos um forte crescimento assim que a competitividade for restaurada.
Como o sr. avalia a liderança de Lula e Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto?
Essa liderança é transitória, temporária. O Brasil é um país de memória curta, mas percebo que existe uma real transformação na cabeça do eleitor, que é a base de toda mudança necessária. Os eleitores aprenderam com os erros dos governos petistas. Hoje é quase um consenso que o Estado interventor mais atrapalha do que ajuda.
Muitos especialistas dizem que a próxima eleição também poderá ser favorável aos chamados “outsiders”, pessoas sem nenhuma ou pouca conexão com o ambiente político. O sr. concorda?
O próximo presidente ainda não mostrou o rosto. Nos próximos meses, ele surgirá. Acredito que o próximo governante da nação será um liberal reformista, um presidente comprometido com a prosperidade, com a defesa da democracia, da Constituição e do livre mercado. Chega do modelo de capitalismo de partido. Chega de partidos se apropriando de empresas, de cargos públicos e diretorias.
Como está o desempenho da Riachuelo diante do cenário de recuperação da economia?
Estamos muito bem. O ano, como um todo, se mostrou muito positivo. Registramos no primeiro semestre o melhor balanço em 70 anos de existência. No terceiro trimestre, nosso crescimento chegou a quase 200%. Então, a restauração da economia é real e, com base em nossos números, mostra muito vigor. Infelizmente, as pequenos empresas do varejo foram as mais afetadas pela crise. Foram fechadas mais de 200 mil lojas entre 2015 e 2016. Uma verdadeira carnificina.
Qual foi a estratégia para crescer em plena recessão?
Tivemos que aplicar uma transformação em nosso modelo de negócio. As várias divisões do grupo atuavam como empresas separadas. Fizemos uma intensa integração. Com isso, ganhamos muita eficiência. Posso afirmar que hoje temos a melhor estrutura operacional da história.
A forte concorrência no setor de fast-fashion no Brasil, com C&A, Zara, Marisa, Renner, Forever 21 e H&M, entre outras marcas, teria levado esse mercado à saturação?
Não, de jeito nenhum. O fast-fashion significa criar sinergias entre os elos da cadeia, unindo fabricantes, confeccionistas, tecelagens e redes de varejo em grandes unidades. Um sistema só. Esse modelo não satura. O modelo da Riachuelo traz, de fato, uma integração total das partes envolvidas, indo além de concorrentes.
A nova legislação trabalhista tende a reduzir os processos do setor têxtil com a Justiça?
A reforma trabalhista foi essencial para ajudar o Brasil a sair das trevas. Não sou eu que digo isso. Segundo estudo do Banco Mundial, a modernização da lei trabalhista pode fazer o Brasil subir 31 degraus no ranking global de competitividade. É humilhante ocupar o centésimo vigésimo lugar. Com uma regulação arcaica e inapropriada para os tempos atuais, o cerco trabalhista tirou a competitividade do setor produtivo e desencorajou milhões, talvez bilhões, em novos investimentos. A lei era totalmente anacrônica, elaborada nos tempos de Getúlio Vargas.
Qual foi o erro do setor empresarial nesse contexto?
Acredito que a elite empresarial do Brasil, inclusive eu, não desempenhou um papel de liderança e protagonismo necessário para fazer do Brasil um lugar mais justo e livre. Uma ala do empresariado se tornou sócia do saqueamento do Estado. A omissão cobrou uma conta cara. Agora, temos de assumir nosso papel e ajudar a reerguer o país.
Como isso pode ser feito?
Como eu disse no manifesto: os empresários e empreendedores do país devem ser os guardiões mais intransigentes da competitividade e da liberdade, pré-requisitos para a criação de riqueza que move a economia e a sociedade no caminho da prosperidade e da verdadeira justiça social, com autonomia, dignidade e oportunidades para todos. Chegou a hora de pararmos de ser parte do problema e virarmos parte da solução.


Fonte: Correio Braziliense