KitanaFest

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terça-feira, 17 de janeiro de 2017

" SE NÃO HOUVER CONFRONTO AGORA, VAI HAVER À NOITE COM CERTEZA", ANTEVÊ AGENTE DA PM

Um agente da Polícia Militar que está ajudando a controlar a crise no presídio de Alcaçuz admitiu que se os membros das facções do PCC e do Sindicato do Crime não entrarem em confronto ainda na tarde desta terça-feira (17), eles “com certeza” se enfrentarão à noite, já que “está todo mundo solto”. O agente se mostra ainda preocupado com o fato de que não há força ou munição suficientes para “matar essa quantidade de presos” caso haja confronto; eles usam balas de borracha na esperança de evitar uma batalha entre as duas facções.
“Achamos que não há condições de seguramos. Não temos como matar essa quantidade de presos. Vamos tentar fazer apenas o que for preciso para que não haja confrontos. Há viaturas aqui. Se não houver confronto agora, vai haver à noite, porque está todo mundo solto”, afirma o policial.
No depoimento, gravado em vídeo, o PM mostra membros do Sindicato nos telhados de um pavilhão, enquanto que criminosos pertencentes ao PCC se encontram do outro lado do complexo; entre os pavilhões não há nenhum obstáculo separando os dois grupos, exceto a ação de dois agentes penitenciários presentes. “De vez em quando atiramos com balas não letais, para que não haja confrontos. Só há dois oficiais presentes aqui: o Major Moura e Major Camilo, o restante ninguém sabe onde está”, lamenta.

PCC AMEAÇA "TOCAR FOGO" EM NATALCASO GOVERNO TRANSFIRA LÍDERES PARA PRESÍDIOS FEDERAIS

O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), afirmou nesta terça (17) que o motim dos presos de Alcaçuz, o maior presídio do Estado, é uma represália da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) ao massacre ocorrido em Manaus no início do ano.
Faria declarou ainda que o PCC mandou um recado para o governo, de que iria “tocar fogo em Natal”, caso os líderes da facção fossem transferidos para prisões de outros Estados.
Segundo o governador, o Rio Grande do Norte “não se intimidou” e pediu ao Ministério da Justiça um avião, previsto para ser enviado ainda nesta terça (17), para transferir dez líderes do PCC para outros Estados. Desses dez líderes, seis estavam em Alcaçuz e quatro, em outros presídios do RN.
“Fazer fogueira de cabeças… Até para ver você fica chocado. É querer intimidar o Estado. O Estado não pode ser intimidado”, disse Faria.
Ele esteve nesta manhã em Brasília reunido com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. Em seguida, Moraes se encontrou com secretários estaduais de administração penitenciária para discutir saídas para a crise no sistema prisional.
Desde que as rebeliões começaram, motivadas por guerras entre facções criminosas rivais, os Estados têm solicitado ao governo federal o envio de um maior número de homens da Força Nacional para ajudar as forças de segurança locais.
‘SÓ OS MUROS’
O governador do Rio Grande do Norte disse que o motim em Alcaçuz foi “impossível prever porque surgiu de repente”. Segundo ele, membros do PCC estavam numa ala isolada dos integrantes da facção Sindicato do Crime do RN, e não havia motivos para que brigassem.
Por isso, de acordo com Faria, o setor de inteligência do Estado identificou que o que houve foi uma reação à morte de membros do PCC em Manaus. A tendência, segundo o governador, é que ações do tipo se espalhem para prisões de outros Estados.
Agora, a polícia do Rio Grande do Norte investiga se o PCC teve ajuda de agentes do Estado para atacar o Sindicato do Crime, muito mais numeroso que a facção de origem paulista. “Eles [PCC] tiveram armamentos [que entraram em Alcaçuz], condição privilegiada para atacar à noite. Deve ter tido colaboração [de agentes penitenciários ou policiais]”, afirmou Faria.
De acordo com ele, em Alcaçuz restaram apenas os muros. Parte do dinheiro liberado pela União para a construção de novos presídios pelos Estados, segundo Faria, será usada para a reconstrução do presídio, que é o maior do Estado.
O motim no local continua nesta terça. Presos permanecem em cima do telhado, exibindo faixas e pedaços de pau. O governador disse que a prioridade é cercar a área para que não fujam. “Não podemos entrar e matar, temos que evitar um novo Carandiru, disse.
Há hoje no Rio Grande do Norte 120 policiais da Força Nacional, segundo o governador. Ele pediu ao Ministério da Justiça um aumento do efetivo.

PERDEU MAIS UMA: MULHER SUSPEITA DE SER MENTORA DA MORTE DO MARIDO TEM LIBERDADE NEGADA PELO TJRN

A Câmara Criminal do TJRN, na sessão desta terça-feira, 17, voltou a julgar o caso da estudante Martha Renata Borsatto, que foi acusada de participar da morte do então marido, o empresário Ademar Miranda Neto, morto com disparos de arma de fogo, na avenida Engenheiro Roberto Freire, bairro de Capim Macio, zona Sul de Natal, na noite de 7 de junho de 2016. Desta vez, o órgão julgador negou o concessão de Habeas Corpus, movido pela defesa, que pedia a reforma da sentença da 3ª Vara Criminal Distrital da zona Sul, a qual decretou a prisão temporária.
Segundo argumentou a defesa, a prisão, sob o número 0100659002016.820.0003, não tem fundamentação válida e não se justificaria, já que a ré não teria como interferir nas investigações. O HC também pedia a substituição da restrição pela custódia domiciliar.
No entanto, o relator do HC com Liminar, o desembargador Saraiva Sobrinho, destacou e manteve a sentença, a qual definiu que, ao contrário do que alega a defesa de Martha Borsatto, existem indícios “significativos” da participação da acusada e que a custódia cautelar é necessária para que o fato seja elucidado.
O voto do relator também ressaltou que o pedido de prisão domiciliar tem amparo no artigo 318 do Código de Processo Penal, mas exige que seja comprovada a “imprescindibilidade” da medida, o que não foi comprovado por meio dos autos, de acordo com a decisão do órgão julgador.
O caso
Martha Renata foi apontada, em dezembro de 2016, como suspeita de ser a autora intelectual do homicídio do então marido dela, de 58 anos, morto em 7 de junho deste ano, quando estava dirigindo na Avenida Engenheiro Roberto Freire e foi atingido por disparos de armas de fogo por dois criminosos em uma motocicleta. O amante da estudante também foi tido como suspeito e as ligações telefônicas entre os dois, de acordo com os autos, foram reduzidas e o contato mantido apenas pelo aplicativo Whats App. Testemunhas também relataram que Martha Renata teria feito uma macumba, no valor de R$ 1.000,00 para que o ex-marido viesse a falecer.
O empresário era dono de uma pousada no bairro de Ponta Negra, na Zona Sul de Natal e, segundo o inquérito policial, os supostos autores do fato se aproximaram e atiraram, sem chances de uma tentativa de fuga. Segundo a polícia, os homens que se aproximaram do carro de Ademar atiraram cinco vezes.
Habeas Corpus com Liminar nº 2016018992-1

POLÍCIA CIVIL OUVE ACUSADOS DE LIDERAREM REBELIÃO EM ALCAÇUZ; SAIBA QUEM SÃO

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte ouviu cinco detentos, que participaram da rebelião que aconteceu no último sábado (14), na Penitenciária de Alcaçuz.Foram ouvidos José Cláudio Candido do Prado, 37 anos; Tiago de Souza Soares, 30 anos; Paulo da Silva Santos, 42 anos; Jose Francisco dos Santos, 30 anos e Paulo Márcio Rodrigues de Araújo, 31 anos. Os presos foram ouvidos na Central de Flagrantes da Polícia Civil, nesta segunda-feira (16), pelo delegado Marcos Vinícius (DHPP),integrante da comissão designada para investigar as mortes ocorridas em Alcaçuz.

presoOs detentos que participaram do motim serão indiciados pela Polícia Civil por todos os crimes que cometeram durante a rebelião. “Através de investigações, realizamos o flagrante de parte dos chefes de facções criminosas, e a partir disso também identificaremos outros participantes dos crimes, sejam de homicídio, tentativa de homicídio, lesão corporal, associação criminosa ou danos ao patrimônio público. Eles serão indiciados por essas práticas e colocados no sistema penitenciário”, afirma o delegado geral de Polícia Civil, Claiton Pinho.

“Flagranteamos essas pessoas apontadas como líderes, e a partir disso iremos apurar tudo o que aconteceu ali em Alcaçuz. Os autores desses crimes precisam ser responsabilizados e para que isso aconteça estamos trabalhando para a identificação desses e dos demais participantes. Através dos resultados obtidos nesta segunda-feira, demos um passo inicial importante para uma grande investigação”, destaca a diretora de Polícia Civil da Grande Natal (DPGRAN), Sheila Freitas.
“No local do crime, nossos policiais conseguiram colher materiais para análises e isto nos ajudou a identificar a autoria dos crimes. A investigação de todos os delitos cometidos em Alcaçuz serão investigados por umacomissão de delegados que já está definida”, detalhou odelegado Marcos Vinícius dos Santos.
Quem são os detentos ouvidos pela Polícia Civil:
1) José Cláudio Candido do Prado: Ele foi condenado a 75 anos de prisão pela prática dos crimes de homicídio, roubo e tráfico de drogas. José Cláudio é do Estado de Mato Grosso.
2) Tiago de Souza Soares: condenado a 38 anos e seis meses pela prática dos crimes de homicídio e tráfico de drogas.
preso (2)3) Paulo da Silva Santos: condenado a 32 anos pelos crimes de extorsão e tráfico de drogas.
4) José Francisco dos Santos: condenado a 39 anos por ter matado o jornalista F Gomes.
5) Paulo Márcio Rodrigues de Araújo: é preso provisório, ainda não foi condenado. Ele é da cidade de Ipanguaçu.

TERCEIRO MOTIM: COM TIROS E BOMBAS, NOVO CONFRONTO ENTRE PRESOS É INCIADO DENTRO DA PENITENCIÁRIA DE ALCAÇUZ

Um novo confronto foi iniciado dentro da Penitenciária Estadual de Alcaçuz por volta das 10h50 desta terça-feira (17). O barulho de tiros e bombas pode ser ouvido por pessoas que estão do lado de fora do presídio.
Segundo informações iniciais, os presos voltaram a invadir pavilhões que não são os seus. Membros do pavilhão 5 invadiram e tomaram o pavilhão 4, enquanto os presos pertencentes ao 1 foram para o 3.
Desta forma, integrantes das duas facções criminosas (PCC e Sindicato do RN) estão frente a frente e podem iniciar um confronto a qualquer momento.
As forças policiais estão tentando controlar a situação. Guariteiros do presídio afirmam que as brigas são inevitáveis. Os detentos montaram barricadas como forma de defesa. Ainda não se sabe se o barulho dos tiros ouvidos são de balas letais.
Segundo o major Wellington Camilo, do Comando da Guarda Penitenciária, os presos estão munidos de paus, pedras e facas. “A situação é muito tensa”, disse.
Até o momento, a Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc) ainda não confirmou a existência de uma nova rebelião, mas admitiu que a situação está complicadíssima dentro da penitenciária.
Segundo o Governo do Estado, todas as tropas policiais já estão de prontidão nos arredores do presídio, onde monitoram para evitar qualquer tipo de fuga. A Polícia Militar, especificamente, está na entrada principal.
Quatro presos que estavam feridos foram levados por outros internos de Alcaçuz dentro de um carro de mão para a área administrativa do presídio.
A informação de que havia um agente penitenciário como refém dos bandidos não foi confirmada pela assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) em contato com o Portal Agora RN.

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O clima começou a ficar tenso na Penitenciária Estadual de Alcaçuz no final da tarde do sábado (14). Os detentos iniciaram uma rebelião e mataram 26 pessoas, segundo informações repassadas pelo Governo do Estado à imprensa no final da noite do domingo (15).
A rebelião foi confirmada pela Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado (Sejuc) tão logo iniciou. O coordenador de administração penitenciária da Secretaria, Zemilton Silva, informou à imprensa, naquele momento, que o tumulto era de “grandes proporções” na unidade prisional da grande Natal.
A assessoria da Polícia Militar disse que o motim começou por volta das 16h30, quando presos do pavilhão 1 invadiram o pavilhão 5 da penitenciária. As alas são controladas por facções criminosas rivais, denominadas de PCC e Sindicato do Crime.
Somente por volta das 6h30 da manhã de domingo (15), o Grupo de Operações Especiais (GOE) da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc) e a Polícia Militar, com equipes do BOPE e CHOQUE, deram início à ocupação da Penitenciária.
De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), a operação foi considerada um sucesso e o presídio estava dominado pela equipe de segurança do Governo do RN.
Após a saída dos agentes de dentro do presídio, os presos voltaram a fazer motins, mas até o momento não houveram novos confrontos. Ao todo, a rebelião sanguinária durou 14 horas.

INDENIZAÇÕES ÀS FAMÍLIAS DE PRESOS MORTOS EM ALCAÇUZ DEVERÃO VARIAR ENTRE R$ 25 E R$ 50 MIL

O governo do Rio Grande do Norte deve indenizar as famílias dos 26 presos mortos na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta. Em entrevista ao Globo, o Procurador-Geral do Estado (PGE), Francisco Wilkie disse que ainda estuda o valor das indenizações.
“A gente tem que identificar causas e consequências da rebelião, fazer perícias técnicas. Ainda não se tem exata dimensão de tudo e do que levou às mortes”, disse.
Segundo Wilkie, nesta semana serão iniciados os trâmites para indenizar as famílias que tiverem direito, conforme estabelece a Constituição Federal e decisões do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF).
“As indenizações oscilam entre R$ 25 e R$ 50 mil. Nesse momento estamos apurando causas de rebelião para sentar e trabalhar essa questão. No caso do preso, os tribunais e o STF entendem que o Estado tem o dever de custódia, de guarda e de proteger a integridade física dos presos”, explicou.
O subdefensor geral do RN, Marcos Vinícius, afirmou que o órgão não elaborou nenhuma ação para pedir indenização ao Estado, mas que vai colocar um defensor para auxiliar as famílias que forem ao ITEP.
“Vamos manter contato com as famílias e procurar se informar se alguma medida jurídica vai ser necessária. No Amazonas, a Defensoria articulou para chegar a algum valor”, concluiu.

NEYMAR PASSA METADE DE SUA CASA PARA O NOME DE BRUNA, DIZ TV

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Brumar segue firme e forte. Após ser chamada de cunhada por um amigo de Neymar e ganhar uma declaração de amor do namorado, Bruna Marquezine ganhou metade da casa de Angra dos Reis do jogador, de acordo com apresentador Thiago Rocha, do programa “A Tarde É Sua”.
A mansão, onde o casal passou o Réveillon com amigos famosos e trocou carinhos durante a virada de ano, tem como donos Neymar e Bruna, já que o jogador passou metade da casa para o nome da namorada, segundo o jornalista.

DETENTOS APROVEITAM AUSÊNCIA INTERNA DE SEGURANÇA E CAVAM TÚNEL EM ALCAÇUZ

Detentos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz foram flagrados por agentes penitenciários cavando um túnel que muito provavelmente servirá como rota de fuga para diversos presidiários presentes na maior cadeia do Rio Grande do Norte, segundo o Portal G1-RN.
A escavação foi filmada em vídeo (veja AQUI) por agentes penitenciários, que monitoraram a ação com certa distância. Na gravação, é possível ver os presos passando baldes de areia para comparsas, que descarregavam o recipiente e retornava ao escavador.
A ação dos bandidos foi percebida depois que o policiamento deixou as dependências internas de Alcaçuz na noite desta segunda-feira (16). Vale lembrar, no entanto, que há agentes de segurança presentes em toda a redondeza da Penitenciária, monitorando a ação dos presos e prontos para evitar qualquer tentativa de fuga.
A rebelião
O clima começou a ficar tenso na Penitenciária Estadual de Alcaçuz no final da tarde do sábado (14). Os detentos iniciaram uma rebelião e mataram 26 pessoas, segundo informações repassadas pelo Governo do Estado à imprensa no final da noite do domingo (15).
A rebelião foi confirmada pela Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado (Sejuc) tão logo iniciou. O coordenador de administração penitenciária da Secretaria, Zemilton Silva, informou à imprensa, naquele momento, que o tumulto era de “grandes proporções” na unidade prisional da grande Natal.
A assessoria da Polícia Militar disse que o motim começou por volta das 16h30, quando presos do pavilhão 1 invadiram o pavilhão 5 da penitenciária. As alas são controladas por facções criminosas rivais, denominadas de PCC e Sindicato do Crime.
Somente por volta das 6h30 da manhã de domingo (15), o Grupo de Operações Especiais (GOE) da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc) e a Polícia Militar, com equipes do BOPE e CHOQUE, deram início à ocupação da Penitenciária.
De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), a operação foi considerada um sucesso e o presídio estava dominado pela equipe de segurança do Governo do RN.
Após a saída dos agentes de dentro do presídio, os presos voltaram a fazer motins, mas até o momento não houveram novos confrontos. Ao todo, a rebelião sanguinária durou 14 horas.

TEMER DETERMINA CONSTRUÃO DE 5 PRESÍDIOS FEDERAIS EM 1 ANO; RN NÃO É CITADO

Em uma tentativa de abrandar a atual crise no sistema carcerário, o presidente Michel Temer determinou ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que a pasta conclua a construção de cinco presídios federais em até um ano. O governo não havia determinado, até agora, um prazo para a construção dos presídios, previstos no Plano Nacional de Segurança anunciado por Temer no último dia 5.
De acordo com o presidente, a ideia é investir entre 40 milhões de reais a 45 milhões de reais por unidade, que deverão ser divididas nas cinco regiões do país. Até o momento, apenas o Rio Grande do Sul teve a confirmação de que será um dos Estados contemplados.
De acordo com auxiliares palacianos, para dar celeridade na construção dos presídios, Temer solicitou ao Ministério da Justiça que siga o modelo adotado pelo governo do Espírito Santo, em que as edificações são feitas por módulos. O governador do Estado, Paulo Hartung, conversou com Temer nos últimos dias sobre os benefícios desse tipo de construção. Na conversa, foi lembrado que o levantamento de um presídio, de forma tradicional, pode levar até cinco anos. Ao agilizar a construção de novos centros de detenção, o Executivo também espera que os governos estaduais tomem providências no mesmo sentido.
Um encontro entre Temer e os governadores dos 26 Estados e do Distrito Federal está previsto para ocorrer nesta quarta-feira no Palácio do Planalto. Na ocasião, os chefes dos executivos estaduais deverão assinar os compromissos estabelecidos no Plano Nacional de Segurança Pública.
O gesto é considerado apenas como político e simbólico, uma vez que, na véspera, o ministro Alexandre de Moraes deve fechar o texto final em reunião com os secretários de seguranças estaduais.
Entre as medidas que devem ser assinadas amanhã está um acordo de integração entre o governo federal e os estaduais no sentido de facilitar a troca de informações sobre a realidade prisional e criminal em cada uma das localidades. Na análise de integrantes do governo envolvidos nas discussões, a falta de dados é um dos principais complicadores para tirar do papel ações de médio e longo prazo na área de segurança.
Em razão disso, o Executivo espera, a partir da assinatura do documento, começar a implementar os Núcleos de Inteligência Policial (Nipo), que deverão ter a participação conjunta dos setores de inteligência das Policias Federal, Rodoviária Federal, Civil e Militar e do sistema penitenciário.

ALVO DO PCC, SINDICATO DO CRIME DO RN DOMINA 28 DAS 32 CADEIAS DO ESTADO

Autoridades de segurança do Rio Grande do Norte estimam que 28 das 32 unidades prisionais do Estado sejam dominadas pelo Sindicato do Crime (SDC), facção aliada ao Comando Vermelho e alvo de um ataque no sábado passado que deixou 26 mortos na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na Grande Natal. Os assassinatos, então, poderiam desencadear uma reação nas outras cadeias onde a minoria é de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) ou de detentos considerados neutros.
Ser minoria não impediu que membros do PCC articulassem o ataque do sábado passado e voltassem a participar de motins nesta segunda-feira, 16, em Alcaçuz. Presos ligados ao Sindicato do Crime também subiram no teto dos pavilhões com bandeiras onde se lia “Queremos paz, mas não iremos fugir da guerra”. Na estrutura, picharam nomes de aliados como a Okaida, na Paraíba, o Primeiro Grupo Catarinense e o Comando Vermelho, no Rio.
Agentes penitenciários ouvidos pelo Estado disseram que a situação na unidade continua tensa com a possibilidade de reação do Sindicato e a resistência de integrantes do PCC em serem transferidos. Cinco homens apontados como líderes do ataque foram retirados do local nesta segunda e deveriam ser levados a uma unidade estadual que não foi informada.
Segundo a presidência do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado, somente o presídio Rogério Coutinho Madruga – no mesmo terreno de Alcaçuz e de onde partiram os detentos envolvidos com as mortes -, a cadeia de Paus dos Ferros, a de Caraúbas e um pavilhão na unidade Mário Negócio, em Mossoró – esses três no interior -, têm maioria do PCC.
“Não imaginávamos que eles teriam a ousadia de atacar no presídio em que não têm maioria. Agora, o risco fica ainda mais intenso”, disse Vilma Batista, presidente do sindicato dos agentes.
O cenário de descontrole é ratificado pelo juiz de Execuções Penais de Natal, Henrique Baltazar Vilar dos Santos. “O Estado até então só tinha controle dos muros de Alcaçuz. Dentro, quem mandava mesmo já era os presos. Agora a situação piorou e se repete nas demais unidades.”
Para o procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Norte, Rinaldo Reis, a possibilidade é grande de novos confrontos. “Não tenho nenhuma dúvida de que essa guerra não acaba aqui. Não estou profetizando, mas apenas observando que todos os ingredientes estão postos para isso”, disse.
Separação. A divisão de facções por presídios diferentes começou no Estado em 2015 depois de uma série de rebeliões. No mês de junho daquele ano, a já frágil relação entre SDC e PCC foi rompida com a morte do detento Alexandre Teodósio, o Pelelê, membro da facção de origem paulista, que, segundo o Ministério Público Estadual, desencadeou uma sequência de atos de violência, com assassinatos de lado a lado, dentro e fora das cadeias.
Segundo promotores que investigaram as organizações, o SDC foi fundada em 27 de março de 2013 por uma dissidência do PCC. A compreensão do grupo era de que o estatuto vigente até então era aplicado com excessivo rigor – como o tratamento com inadimplentes com a contribuição mensal -, além da insatisfação com a obrigação de prestar contas a detentos de outros Estados.
A organização paulista, de acordo com o MP, acabou compartilhando a expertise de métodos de atuação criminosa, “capacitando os presos potiguares quanto ao funcionamento desse tipo de organização, para assim atuarem de forma mais eficiente, os quais ganharam autonomia e buscaram formar uma organização autônoma, inicialmente rudimentar”, de acordo com o que foi escrito em uma das denúncias oferecidas contra membros do grupo.
“Mas que, subestimada pelo Estado, foi progressivamente se aperfeiçoando, tendo como metas o controle do interior dos presídios e de territórios fora deles para o tráfico”, acrescentou.
A atuação do PCC e do SDC foi alvo de investigações da Polícia Civil local e do MP, que deflagraram três operações em pouco mais de dois anos. O governo do Estado não comentou.

"PRONTOS PARA GERRA", PRESOS AMANHECEM NOVAMENTE SOBRE O TETO DE ALCAÇUZ

A rebelião ocorrida no último fim de semana e que terminou com o saldo de 26 mortes até então continua repercutindo dentro da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, palco da chacina.
Desde esta segunda-feira (16), os presos estão em cima dos telhados dos pavilhões, alguns com camisas cobrindo o rosto, e a rotina de ameaças a rivais de outras alas continua.
Nesta terça-feira (17), os detentos pertencentes a facção criminosa Sindicato do RN já amanheceram na mesma condição em que encerram o dia anterior: sobre os telhados.
Os primeiros gritos de ordem foram perceptíveis pela imprensa presente no local: “estamos prontos para a guerra”, disse um deles, segundo a reportagem da Tribuna do Norte.
Sindicato domina presídios potiguares
As autoridades de segurança do Rio Grande do Norte estimam que 28 das 32 unidades prisionais do Estado sejam dominadas pelo Sindicato do Crime (SDC), facção aliada ao Comando Vermelho e alvo do ataque de sábado (14).
Os 26 assassinatos podem desencadear uma reação nas outras cadeias onde a minoria é de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) ou de detentos considerados neutros. O Governo do Estado já declarou sinal de alerta.
O início
O clima começou a ficar tenso na Penitenciária Estadual de Alcaçuz no final da tarde do sábado (14). Os detentos iniciaram uma rebelião e mataram 26 pessoas, segundo informações repassadas pelo Governo do Estado à imprensa no final da noite do domingo (15).
A rebelião foi confirmada pela Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado (Sejuc) tão logo iniciou. O coordenador de administração penitenciária da Secretaria, Zemilton Silva, informou à imprensa, naquele momento, que o tumulto era de “grandes proporções” na unidade prisional da grande Natal.
A assessoria da Polícia Militar disse que o motim começou por volta das 16h30, quando presos do pavilhão 1 invadiram o pavilhão 5 da penitenciária. As alas são controladas por facções criminosas rivais, denominadas de PCC e Sindicato do Crime.
Somente por volta das 6h30 da manhã de domingo (15), o Grupo de Operações Especiais (GOE) da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc) e a Polícia Militar, com equipes do BOPE e CHOQUE, deram início à ocupação da Penitenciária.
De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), a operação foi considerada um sucesso e o presídio estava dominado pela equipe de segurança do Governo do RN. Após a saída dos agentes de dentro do presídio, os presos voltaram a fazer motins, mas até o momento não houveram novos confrontos. Ao todo, a rebelião sanguinária durou 14 horas.