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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

PMDB ALUGA MANSÃO POR R$ 24 MIL EM BRASÍLIA

Depois de conquistar a Presidência da República com Michel Temer, o PMDB resolveu dar um upgrade na sede do partido e alugou uma mansão na área mais nobre da capital federal. O imóvel está sendo reformado e deve ficar pronto no início de dezembro, quando os novos inquilinos farão a mudança.
Pela ampla propriedade, de dois andares, localizada na Península dos Ministros – onde vivem ministros de Estado, embaixadores e os presidentes da Câmara e do Senado -, o PMDB pagará aluguel de R$ 24 mil mensais. Quantia que pode parecer irrelevante perto dos R$ 6,5 milhões que a legenda embolsa todos os meses de sua cota do Fundo Partidário.
Ainda assim, o presidente do partido, senador Romero Jucá, não pretende pagar a conta sozinho. Além da presidência do PMDB, a casa também irá abrigar a Fundação Ulysses Guimarães, presidida por Moreira Franco, secretário do Programa de Parceria de Investimentos do governo. O aluguel será dividido entre as duas instituições.
Atualmente, a fundação recebe 20% dos recursos do Fundo Partidário destinados ao PMDB. Mas, se depender de Jucá, Moreira Franco terá de se esforçar para quitar sua parte, pois esse valor cairá para 5% caso um projeto do senador que tramita no Senado seja aprovado.
Antes de encontrar seu novo lar, o PMDB procurou casa em um ponto ainda mais estratégico, bem em frente às residências oficiais do Senado e da Câmara. Lá, o aluguel era mais salgado, e chegava a R$ 35 mil mensais. As casas na região costumam ter seis quartos e cerca de mil metros de área útil.
Apesar da mudança, o partido não pretende abrir mão do espaço que há décadas ocupa na Câmara. O conjunto de gabinetes onde hoje funciona a presidência do PMDB também será reformado e deverá servir para reuniões e entrevistas.
O Globo

EDUARDO CUNHA CHAMA TEMER, LULA E HENRIQUE ALVES COMO TESTEMUNHAS DE DEFESA

O ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) chamou o presidente Michel Temer (PMDB), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-ministro Henrique Alves (PMDB-RN), além de outras figuras públicas, como testemunhas de defesa no processo que responde no âmbito da Operação Lava Jato em Curitiba.
Preso, em 9 de outubro, Cunha é acusado de receber propina de contrato de exploração dePetróleo no Benin, na África, e de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro. Os advogados de Cunha negaram as acusações e criticam o Ministério Público Fedederal (MPF), dizendo que os procuradores não explicaram qual seria a participação do ex-deputado no esquema descoberto na Petrobras.
A convocação das testemunhas faz parte da defesa prévia de Eduardo Cunha, protocolada no sistema da Justiça Federal na noite de terça-feira (1º).
A defesa pediu que a denúncia contra o ex-deputada seja rejeitada. Pediu também rejeição da acusação de corrupção passiva, a rejeição de parte da denúncia que acusa o ex-deputado de conduta criminosa em relação ao ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada (já condenado pela Lava Jato), a absolvição sumária do crime de evasão de divisas, a suspensão do processo até que sejam julgados embargos de declaração apresentados ao Supremo Tribunal Federal (STF) e a nulidade das provas.
Ainda segundo os advogados, a defesa não teve acesso a provas. “A falta da disponibilização, nos presentes autos, da totalidade do material probatório leva ao cerceamento de defesa e à impossibilidade de início do processo”.
A convocação das testemunhas é válida caso estes outros pedidos da defesa não sejam aceitos.
Veja a lista de testemunhas
Michel Miguel Elias Temer Lulia: presidente da República
Felipe Bernardi Capistrano Diniz: economista filho de ex-deputado Fernando Diniz (morto em 2009)
Henrique Eduardo Lyra Alves: ex-ministro do Turismo nos governos Dilma Rousseff e Michel Temer
Antônio Eustáquio Andrade Ferreira: ex-deputado federal
Mauro Ribeiro Lopes: deputado federal
Leonardo Lemos Barros Quintão: deputado federal
José Saraiva Felipe: deputado federal
João Lúcio Magalhães Bifano: ex-deputado federal
Nelson Tadeu Filipelli: ex-deputado federal
Benício Schettini Frazão: Engenheiro ligado à Petrobras
Pedro Augusto Cortes Xavier Bastos: ex-gerente da Petrobras
Sócrates José Fernandes Marques da Silva: ex-engenheiro da Petrobras
Delcídio do Amaral Gómez: ex-senador cassado
Mary Kiyonaga: ligada ao Banco Merrill Lynch
Elisa Mailhos: ligada à empresa Posadas Y Vecino
Luis Maria Pineyrua: ligados à empresa Posadas Y Vecino
Nestor Cuñat Cerveró: ex-diretor Petrobras e colaborar da Lava Jato
João Paulo Cunha: ex-presidente da Câmara
Hamylton Pinheiro Padilha Júnior: ex-diretor da Petrobras e colaborador da Lava Jato
Luís Inácio Lula da Silva: ex-presidente
José Carlos da Costa Marques Bumlai: pecuarista e um dos réus da Lava Jato
José Tadeu de Chiara: advogado
A prisão
No despacho que determinou a prisão, juiz Sérgio Moro disse que o poder de Cunha para obstruir a Lava Jato “não se esvaziou”.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), em liberdade, Cunha representa risco à instrução do processo e à ordem pública. Além disso, os procuradores argumentaram que “há possibilidade concreta de fuga em virtude da disponibilidade de recursos ocultos no exterior” e da dupla cidadania.
Cunha tem passaporte italiano e teria, segundo o MPF, patrimônio oculto de cerca de US$ 13 milhões que podem estar em contas no exterior.
Moro é responsável pelas ações da operação Lava Jato na 1ª instância. Após Cunha perder o foro privilegiado com a cassação do mandato, ocorrida em setembro, o juiz retomou no dia 13 de outubro o processo que corria no Supremo Tribunal Federal (STF).