O brasileiro deve gastar mais para
comprar remédios a partir deste terça-feira (31). Isto por que o
Ministério da Saúde, se cumprir o anúncio de dias atrás, divulgará o
reajuste para os medicamentos, que deve recair sobre cerca de 9 mil
itens. A expectativa é de que o percentual de aumento fique em torno de
7%, embora a Câmara de Regulação de Medicamentos (Cmed) assegure que
será menor que inflação. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
dos últimos 12 meses, no entanto, está beirando justamente este
percentual.
Em 2014, o reajuste foi de até 5,68%. Na
época, representantes farmacêuticos reclamaram que, na prática, o
aumento médio foi de 3,52%. O possível reajuste, porém, não deve atingir
o bolso do consumidor de forma imediata. Isto ocorre por que os
fabricantes e distribuidoras dos medicamentos demoram alguns dias para
enviar os catálogos com os valores atualizados. Com isso, o ideal é que o
consumidor pesquise bem antes de decidir o local das compras.
Medicamentos do nível 1 serão
reajustados no máximo, possivelmente, em 7,7%. Nesta categoria estão
incluídas drogas bastante comercializadas, como omeprazol, metformina,
sinvastatina, dipirona e amoxicilina. No segundo nível, 2, remédios
considerados de concorrência mediana, como o risedross, o percentual
será de 6,35%. Já os de menor concorrência ou aqueles ainda protegidos
por patentes, como ritalina, buscopan e aerolin, terão aumento de 5%.
O consumidor pode conferir, no site da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), uma lista de 2014
sobre a classificação de cada remédio, e, portanto, o possível aumento
no preço de cada um. Para a maioria dos medicamentos, a classificação
não será alterada.
De acordo com o ministério, os
medicamentos não terão impactos de preços expressivos porque houve
alteração na fórmula de cálculo. Agora, serão usados a inflação, a
produtividade, o custo dos produtos usados pela indústria farmacêutica e
a concorrência do mercado. Com esta medida, o governo tenta adequar os
valores à realidade de mercado nacional. Antes, eram utilizados a
inflação e a participação de genéricos no mercado.
Via Diário de Pernambuco