KitanaFest

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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

VEJA FOTOS DE DENTRO DA PENITENCIÁRIA DE ALCAÇUZ UMA SEMANA APÓS CONFRONTOS ENTRE FACÇÕES

Pouco mais de uma semana depois do massacre que vitimou pelo menos 26 detentos na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, região metropolitana de Natal, o Portal Agora RN recebeu fotos exclusivas de dentro do maior presídio do Rio Grande do Norte, que está completamente destruído.
Nas imagens, é possível perceber inúmeros eletrodomésticos em cima dos blocos existentes na penitenciária, casas devastadas e um verdadeiro cenário de guerra. As fotografias foram enviadas à reportagem durante o fim de semana e estão sendo reproduzidas pela primeira vez nesta segunda-feira (23).
Confira abaixo:










* Fonte: AgoraRN

MOTORISTA DA UBER É ASSASSINADO COM UM TIRO NA CABEÇA EM RECIFE

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) está investigando a morte do motorista da Uber Esron Messias de Santana Júnior, 36 anos. Ele foi assassinado com um tiro na cabeça, por volta das 1h30 desta segunda-feira, em cima da Ponte Gregório Bezerra, que liga o bairro do Coque à Ilha do Retiro, caminho bastante utilizado na ligação entre a Zona Sul e a Zona Oeste do Recife. A princípio, o caso está sendo tratado como tentativa de assalto.
Segundo familiares da vítima, Esron estava voltando para casa, em Paulista, acompanhado da esposa, depois de deixar uns amigos em casa, no bairro de Piedade. O motorista, que vinha pela Avenida Sul, entrou por Joana Bezerra para cortar caminho e ter acesso à Ilha do Retiro.
De lá, ele poderia optar em seguir pela Avenida Visconde de Albuquerque, no bairro da Madalena, ou seguir pela Agamenon Magalhães com destino a Paulista, passando por Olinda. Os familiares, no entanto, não sabem dizer qual seria o caminho a ser feito por Esron. O carro da vítima, uma Tucson, capotou após ele ter sindo atingindo.
O veículo só foi retirado da ponte no final da manhã desta segunda-feira e encaminhado para o DHPP, onde vai passar por perícia. De acordo com o cunhado de Esron, o sepultamento do corpo está previsto para o final da tarde desta segunda-feira. “A esposa dele ainda chegou a ver uma pessoa armada em cima da ponte. Depois que ele foi baleado, perdeu o controle e capotou”, contou Daniel Dias.
Esron, a esposa e os amigos foram assistir à partida de futebol entre Sport e The Strongest, na Arena de Pernambuco. O crime aconteceu quando a vítima estava voltando para casa. O motorista ainda chegou a ser socorrido e levado para o Hospital da Restauração, onde morreu. A esposa de Esron teve ferimentos leves.

NOVO TÚNEL É ENCONTRADO EM ALCAÇUZ

Militares da Força Nacional de Segurança Pública encontraram, na manhã desta segunda-feira (23), mais um túnel na área externa da Penitenciária de Alcaçuz. Escavação estava próxima ao pavilhão 5, local onde estão os presos pertencentes à facção PCC.
Em dois dias, foram encontrados três túneis na penitenciária. Um deles desabou com as fortes chuvas que caíram no domingo, na região metropolitana de Natal. O outro, foi encontrado disfarçado com folhagens, o que causou a suspeita de que ele já teria sido usado anteriormente, durante os motins.
PEP
No sábado, o Grupo de Operações Especiais do sistema penitenciário encontrou um túnel na Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP). Escavação era feita dentro de um banheiro, no pavilhão 1.

GUERRA DE FACÇÕES EM ALCAÇUZ É POR FORÇA, FILIAÇÕES E DINHEIRO

Na versão difundida, a disputa dentro da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na Grande Natal, é para que integrantes de apenas um dos grupos rivais –PCC (Primeiro Comando da Capital) ou Sindicato do RN– fique no local. A solução para esse problema é apresentada como única chance de paz no local.
Apesar de haver alguma verdade nisso, já que a disputa deixa mortos dos dois lados, o portal UOL apurou que há mais interesses envolvidos além de o de poupar vidas nessa disputa.
A guerra declarada tem motivações que envolvem demonstração de força junto ao Estado, a chance de aumentar o número de filiados e, por consequência, reforçar o caixa –já que ambas cobram mensalidades dos membros. Por isso, nenhum dos lados aceita sair do local –e deixaram claro isso ao governo.
Em meio ao fogo cruzado e para evitar uma nova barbárie, na quarta-feira (18) o governo do Estado transferiu 220 presos do Sindicato do RN de Alcaçuz para outras duas cadeias em Natal. A ação gerou uma série de ataques nas ruas em retaliação, causando 32 atentados a ônibus, carros e delegacias.
Em vez de acalmar, a medida do governo acirrou os ânimos dentro de Alcaçuz. No dia seguinte (19) à transferência, uma batalha campal foi vista com o ataque de membros do Sindicato a integrantes do PCC no pavilhão 5 –com o saldo de ao menos três mortes. Uma faixa foi erguida para que a imprensa pudesse avistá-la: nela, pediam a saída do PCC e diziam que o Sindicato ainda estava forte no presídio.
Segundo apurou o UOL, mesmo com a saída de 220 detentos, o Sindicato tem –entre membros e “aliados”– cerca de 500 filiados em Alcaçuz. Nessa contabilidade extraoficial, o exército do PCC totaliza 500 irmãos.
Segundo o governo, a decisão de retirar integrantes do Sindicato foi tomada por questões logísticas –como o Sindicato tem domínio da região, não haveria como garantir a segurança de detentos do PCC.

Aumentar o exército

A mulher de um preso ligado ao Sindicato do RN contou ao UOL que o discurso de paz no presídio tira a atenção do principal objetivo da disputa: dominar a maior penitenciária do Estado destinada a presos condenados. Alcaçuz é o melhor campo de recrutamento para novos integrantes.
“Se aí ficar só PCC, vai pegar tudo que é preso novo para eles, crescer e controlar mais coisa fora também. O Sindicato não aceita por isso”, contou a dona de casa.
Ou seja, o controle de Alcaçuz também representa mais dinheiro em caixa. Além das mensalidades exigidas dos integrantes, os condenados da capital potiguar também têm, em tese, maior poder aquisitivo.
Essa versão é confirmada por advogados de integrantes dos dois grupos. Um deles, que pede para não ser identificado, explica o porquê da guerra. “Quanto mais eles crescem em número, mais controlam presídios e mostram força também. Isso faz toda diferença numa guerra, não só para eles, mas também para mostrar à sociedade e ao governo. Por isso, a disputa por Alcaçuz”, afirma.
“Isso aí só termina se ou uma ou outra facção sair. Já foi tirada metade da população do Sindicato RN. Para quê? Por que não tiraram todo mundo? E deixaram só uma facção e deixaram uma parte aí para se matar? Poderiam ter evitado a matança”, conta um integrante do Sindicato do RN que estava em Alcaçuz até outubro de 2016 e, hoje, usa tornozeleira eletrônica e está solto.
O governo afirma que não negocia com nenhuma facção. “São facções extremamente violentas, e não há negociação. Inclusive fui ameaçado por ambas”, disse o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD).

EMPARN PREVÊ CHUVAS PELOS PROXIMOS DOIS DIAS NO RN

Além de Natal, municípios das regiões Alto Oeste, Chapada do Apodi e Vale do Assú registraram chuvas durante o domingo (22). A previsão da Emparn é que as precipitações, tanto no litoral quanto em parte do interior continuem durante as próximas 48 horas.
Segundo Gilmar Bistrot, meteorologista da Emparn, as chuvas no fim de semana foram causadas por uma Zona de Convergência Intertropical, atuando em convergência com um sistema de vórtice ciclônico de ar superior.
A Emparn considera ser ainda cedo para prever se as chuvas vão continuar, mas diz que o momento é importante para a agricultura e para amenizar os efeitos da seca. “É importante para o agricultor pois a zona de convergência está ancorada na região nordeste, mas precisamos analisar o comportamento dessa zona, se ele permanecerá pelos próximos dias”, disse Gilmar à Tribuna do Norte.

MINISTROS DO SUPREMO DIVERGEM SOBRE ESCOLHA DE NOVO RELATOR

Enquanto a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, não se manifesta sobre quem vai assumir a relatoria da Operação Lava Jato, ministros da Corte ouvidos pelo Estado divergem sobre como a escolha deveria ser feita. O caso era relatado por Teori Zavascki, que morreu na quinta-feira passada em desastre de avião, em Paraty, no litoral do Rio.
Em caráter reservado, ministros defendem que os processos sejam remetidos a um dos integrantes da Segunda Turma da Corte – da qual Teori fazia parte. Neste caso, a relatoria ficaria com Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffolli ou Celso de Mello. Outros alegam que, como há investigados julgados no plenário – caso do atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) –, a distribuição deveria ser feita entre todos os demais magistrados do Supremo.
Entre os ministros, há também quem defenda que Cármen Lúcia deveria seguir à risca o regimento interno, remetendo o caso ao substituto de Teori na Corte. Esta possibilidade, porém, esbarra na intenção do presidente Michel Temer, declarada durante o velório de Teori, de só indicar um novo ministro após definida a relatoria da Lava Jato pelo Supremo.
Se outros artigos do regimento forem seguidos, ainda é possível que casos urgentes sejam encaminhados aos ministros revisores da Lava Jato. Na Segunda Turma, o revisor é o decano, Celso de Mello. Já no plenário, o revisor é Luís Roberto Barroso.
A definição de quem ficará responsável pela Lava Jato no Supremo abriu uma discussão nos meios jurídico e político sobre o futuro da operação. A preocupação é se o novo responsável pelos processos no Supremo vai manter o caráter técnico com o qual Teori costumava conduzir o caso. A Corte julga investigados com foro privilegiado, como parlamentares e ministros de Estado.
Urgência. Uma demanda considerada urgente na Corte é dar andamento ao processo de homologação das 77 delações de executivos da Odebrecht. A equipe de Teori trabalhava no material mesmo durante o recesso, mas após a morte do relator tudo foi paralisado.
De acordo com dois ministros ouvidos pelo Estado, a probabilidade de Cármen Lúcia homologar as delações até o dia 31 de janeiro, durante o recesso do Judiciário, é baixíssima.
Primeiro, porque acreditam que não há previsão legal ou regimental para tal ato. Para um ato urgente, será necessário definir o novo relator e considerar que há urgência em validar a delação como prova.
Em segundo, os ministros acreditam que não faz parte do perfil da presidente do Supremo tomar uma decisão desse nível sozinha. A avaliação é de que ela deve promover conversas informais sobre o assunto com os colegas. Os ministros estão prontos para iniciar a discussão interna. Há quem considere a possibilidade, entre assessores e ministros, de antecipar a volta das férias.
Silêncio. Por ora, ministros aguardam os primeiros sinais para saber como Cármen Lúcia vai agir. E consideram que deverão participar da decisão, tão logo ela dê abertura. No fim de semana, a ministra optou pela discrição.
A presidente do Supremo retornou a Brasília logo após participar do velório de Teori, anteontem em Porto Alegre. Na cerimônia fúnebre, evitou conversas até mesmo com os próprios colegas de Corte.
Apesar de ter sido a primeira integrante do STF a chegar ao velório de Teori, esteve apenas em alguns momentos no plenário do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), onde estava o caixão. Por isso, não encontrou com os demais ministros no local: Dias Toffoli – um dos mais emocionados –, Gilmar Mendes, Edson Fachin e Ricardo Lewandowski.
Cármen também não acompanhou os ministros em almoços após o velório. Toffoli e Lewandowski dividiram mesa em uma churrascaria famosa na cidade. Já Gilmar saiu mais cedo, após almoçar com o ministro-chefe da Casa Civil e um dos homens fortes do governo Temer, Eliseu Padilha.
A ministra ficou com a família de Teori no local do velório, onde posou para fotos, mas não falou com a imprensa.

AMÉRICA PERDE PÊNALTI NO ÚLTIMO MINUTO E ABC VENCE CLÁSSICO POR 1 A 0 NO ARENA

O primeiro Clássico-Rei da temporada 2017 trouxe muitas emoções aos torcedores de América e ABC. Na tarde deste domingo (22), as equipes se enfrentaram na Arena das Dunas pela terceira rodada do Campeonato Potiguar. O duelo contou com um público muito pequeno, um dos menores dos últimos anos envolvendo clássicos: apenas 4.333 torcedores.
A ausência de transporte público, a chuva e o medo que a cidade vive em razão dos últimos ataques criminosos que ocorreram na semana passada foram cruciais para o baixo número de adeptos na Arena. Em campo, as equipes procuraram honrar os torcedores que conseguiram sair de casa para acompanhar o duelo. No fim das contas, melhor para o ABC, que venceu por 1 a 0.
O único gol da partida foi anotado aos vinte e cinco minutos do primeiro tempo. Romano, lateral-esquerdo da equipe Alvinegra, cobrou falta com perfeição e achou o ângulo direito de Vinícius, fazendo a festa dos torcedores abecedistas presentes no estádio. O América, em contra-partida, tentou algumas vezes com a dupla de ataque formada por Luiz Eduardo e Dija Baiano, mas sem sucesso.
No segundo tempo, os Alvirrubros voltaram mais determinados em empatar o jogo. Com quinze minutos, três boas chances foram criadas, mas pararam na defesa rival, sobretudo no goleiro Edson. Já no fim da partida, o time da Rodrigues Alves emplacou duas bolas na trave, com Jean Patrick e Dija Baiano. A melhor chance, porém, surgiu aos 48 minutos, quando o árbitro marcou pênalti em favor do América. Jussimar cobrou mal e Edson defendeu, assegurando o triunfo abecedista no primeiro clássico do ano.
Com o resultado, o ABC chegou aos sete pontos conquistados e assumiu a liderança do campeonato momentaneamente. O América continou com os quatro pontos que tinha, na terceira colocação. A terceira rodada do certame local só será finalizada na quarta-feira (25), quando os outros três confrontos serão realizados na Arena das Dunas e, a princípio, no Edgarzão (com possibilidade de mudança para o Nogueirão, em Mossoró).
FICHA TÉCNICA AMÉRICA 0x1 ABC
Local: Arena das Dunas, em Natal
Data/Hora: 22/01/2017, às 16h00
Arbitragem: Caio Max Augusto Vieira, auxiliado por Flavio Barroca e Lorival Candido das Flores.
Público: 4.833 torcedores
Gols: Romano 25′ 1T (ABC)
AMÉRICA
Vinicius; Osmar, Maracás, Paulão e Danilo; Felipe Alves (Jean Patrick), Michel Benhami, Michel Cury (Jussimar) e Marcos Júnior (Memo); Luiz Eduardo e Dija Baiano. Técnio: Felipe Surian
ABC
Edson; Levy, Marcio Passos, Cleiton e Romano; Anderson Pedra, Felipe Guedes e Fábio Gama (Jardel); Tulio Renan (Leozinho), Nando e Dalberto (Dalberto). Técnico: Geninho

CHUVA CAUSA PONTES DE ALAGAMENTO NA GRANDE NATAL

A chuva que vem caindo em Natal desde as primeiras horas da manhã deste domingo (22) deixa pontos de alagamento na cidade.
Em tradicionais ruas como avenida Afonso Pena vários trechos estão alagados.O mesmo acontece no cruzamento da Rua Mossoró, na zona Leste de Natal.
Já na zona Sul, próximo a Avenida da Integração também alagou . A Secretaria de Mobilidade Urbana (STTU) orienta que os motoristas tenham atenção redobrada durante o período de chuva.
Segundo informações da Climatempo o domingo será de períodos de nublado, com chuva a qualquer hora. A capital do Rio Grande do Norte registra 23 graus nesta tarde.

UMA VERGONHA!!!: MICHEL TEMER "FATIA" CARGOS PARA GARANTIR APOIOS EM VOTAÇÕES NO CONGRESSO

A exemplo do que ocorria em governos anteriores, desde que assumiu, há oito meses, o presidente Michel Temer tem distribuído cargos na administração pública para agradar a seus aliados e garantir apoio em votações no Congresso. Sua estratégia, no entanto, tem sido a de dividir funções de uma mesma pasta ou órgão para diferentes padrinhos, restringindo as indicações.
O modelo é o chamado “porteira aberta”, quando a indicação vale apenas para o cargo específico e não inclui subordinados, por exemplo. Difere do chamado “porteira fechada”, modelo mais comum na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quando se permitia que apadrinhados dos partidos da base ocupassem todos os cargos de livre nomeação de uma determinada pasta. Nas gestões de Luiz Inácio Lula da Silva e na de Dilma Rousseff a divisão dos cargos era semelhante ao que ocorre hoje.
O Estado mapeou os cerca de 150 principais cargos das 24 pastas e secretarias com status de ministério e encontrou diversos exemplos dessa divisão, como no Ministério da Educação.
O titular da pasta é do DEM – o deputado licenciado Mendonça Filho (PE) – e outros integrantes são historicamente ligados ao PSDB, como a secretária executiva, Maria Helena Guimarães de Castro, e a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Maria Inês Fini.
“Para as políticas públicas andarem, é preciso, além de competência e qualificação técnica, ter uma equipe com respaldo político”, disse o ministro.
Outro caso é o Ministério da Saúde, em que o também deputado licenciado Ricardo Barros, indicado do PP, divide a cúpula e órgãos auxiliares entre apadrinhados do seu partido e do PMDB. O ministro da Saúde disse que o único critério com o qual se importa é que o indicado tenha competência técnica. “As indicações são sempre de pessoas qualificadas, independentemente de quem indica. Quando não é qualificada, não é nomeada”, afirmou Barros.
No Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, comandado por Osmar Terra (PMDB), postos estratégicos são ocupados por nomes de outros partidos, como o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), presidido pelo ex-deputado federal Leonardo Gadelha, ligado ao PSC.
Já a secretária Nacional de Assistência Social da pasta, Maria do Carmo Brant de Carvalho, pertence aos quadros do PSDB, tendo atuado na eleição de 2014 na elaboração de políticas sociais do programa de governo do então candidato tucano à Presidência Aécio Neves.
Para Terra, o modelo de distribuição de cargos tem sido bem-sucedido ao construir uma boa relação com as legendas que apoiam o Planalto. “Ele contempla as várias possibilidades de força de peso político dos partidos que compõem a base, predominando a preocupação em dar resultado”, afirmou o ministro. “Os partidos estão preocupados com o resultado do governo, indicando pessoas qualificadas. Sabemos que o governo tem dois anos e precisa dar respostas rápidas.”
Apoio. Auxiliares de Temer admitem que esse modelo de partilha de cargos faz parte da estratégia de ter um “ministério congressual” e avaliam que a iniciativa tem garantido, ao menos até o momento, a fidelidade da base aliada nas votações da Câmara e do Senado.
Dados do Basômetro, ferramenta do Estadão Dados, mostram que Temer obteve, até dezembro – incluindo o período de interinidade – uma taxa de apoio entre os deputados de 83%, mais de 20 pontos porcentuais superior ao que Dilma conquistou em idêntico período do início do segundo mandato.
De acordo com o último Boletim Estatístico de Pessoal, divulgado pelo Ministério do Planejamento em outubro passado, são 19.364 cargos de livre nomeação.
Nos bastidores, a Casa Civil, chefiada por Eliseu Padilha, e a Secretaria de Governo – ocupada até novembro do ano passado por Geddel Vieira Lima – atuam para aparar as arestas na base na definição da partilha dos cargos, segundo uma fonte do Planalto. Em alguns casos, o presidente tem de intervir. Uma das dificuldades do momento, por exemplo, é a composição pelos partidos da base da diretoria da Fundação Nacional de Saúde, órgão ligado ao ministério.

TRANSPORTE PÚBLICO VOLTA A CIRCULAR NA GRANDE NATAL NESTA SEGUNDA-FEIRA

O transporte público volta gradativamente sua operação nesta segunda-feira (23) na Grande Natal. Nesta manhã as empresas estão reativando o serviço na cidade.
O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município do Natal (SETURN) comunicou através de uma nota na tarde de ontem (22) o retorno do serviço. Os ônibus foram liberados as 06 horas da manhã, mediante a chegada da Polícia Militar e do apoio das Forças Armadas.
As empresas e os rodoviários suspenderam o serviço nos últimos dias com medo de ataques de facções criminosas. Neste período, já são 26 ônibus e micro-ônibus incendiados no Rio Grande do Norte.

TAMANHO E QUANTIDADE DE FOSSAS DIFICULTAM BUSCA POR CORPOS EM ALCAÇUZ

A busca por mais corpos na penitenciária estadual de Alcaçuz, em Nísea Floresta, Rio Grande do Norte, esbarra em um obstáculo invisível às câmeras da imprensa que, desde o massacre de 26 presos na semana passada, vigiam diariamente a unidade. São as 40 fossas de 18 metros cúbicos espalhadas pela área do presídio. Até mesmo procurar pelas cabeças de 13 corpos decapitados já retirados do local é uma tarefa difícil e, segundo o diretor-geral do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), Marcos Brandão, é provável que algumas nunca sejam encontradas.
Na primeira operação depois do massacre, 15 corpos foram resgatados sem cabeça e duas cabeças sem corpo. Identificadas as combinações entre as partes, restaram 13 mortos a serem completados. Ontem (21), o ITEP recolheu mais duas – uma delas incompleta – e um fragmento de crânio já em estado avançado de decomposição. O material será analisado para saber se correspondem a algum dos cadáveres já recolhidos ou se seriam de mortos ainda não contabilizados. Com o resultado positivo restariam ainda 11 cabeças a serem encontradas. Facções rivais disputam o controle do presídio.
Hoje (22), o diretor do presídio informou ao diretor do Itep que os presos apontaram uma fossa onde estaria mais uma delas. Ainda se espera a confirmação do local para que seja feita uma nova operação de resgate. No entanto, a grande quantidade de fossas e o tamanho delas, segundo Marcos Brandão, vai dificultar esse tipo de trabalho, a ponto de tornar provável que algumas cabeças fiquem para sempre debaixo daquele solo.
“São fossas muito grandes, 18 metros cúbicos, e são muitas. Demorou um dia inteiro só para esgotar uma delas. Lógico que as buscas vão continuar, mas acredito que não vamos achar todas. Em regra, nas fossas existe a parte líquida, mas tem a parte de lama que fica embaixo e não dá para tirar. E a cabeça em decomposição começa a soltar osso e fica muito difícil achar”, explica Brandão. “A gente tem que trabalhar com isso em mente”.
Atualmente existem quatro corpos dos 26 mortos no massacre do dia 14 de janeiro que ainda não foram identificados. Três deles, de presos que foram carbonizados, precisam de exames mais complexos. Caso as cabeças não sejam encontradas, as famílias vão receber os corpos assim mesmo. “É como em um acidente aéreo, que às vezes só se entrega uma mão”, compara. “Pelo menos vai haver a identificação de que houve a morte, que isso é importante”. O prazo legal para manter os cadáveres no Itep é de 45 dias, ou até que as buscas sejam encerradas.
Na avaliação de Brandão, é pouco provável que existam mais cadáveres ainda no interior do presídio, pois a área onde poderiam estar foi mapeada e analisada e nada foi encontrado. A vistoria, no entanto, só pôde ser feita nos prédios onde não há presos, já que os detentos controlam alguns pavilhões.
O diretor do Itep disse ainda que foram identificadas várias fogueiras na área. “Ainda vamos examinar se nessas fogueiras há algum material humano, porque lá realmente não deu para verificar. Mas elas foram feitas com muito combustível inflamável que tiraram da fábrica de bolas que tinha no presídio, solventes, essas coisas. Recolhemos um material que vamos analisar para saber se é corpo, mas não foi uma quantidade substancial. Se tiverem queimado pode ter sido um. Mas isso a gente ainda vai analisar, não estou dizendo nada conclusivo”, disse.
Ossos antigos
Na operação de ontem também foram encontrados fragmentos de ossos na fossa. Esse material, no entanto, não continha restos humanos, o que indica, de acordo com o diretor do Itep, que eles podem ser provenientes de uma rebelião anterior.