KitanaFest

KitanaFest

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

CAPELA É ARROMBADA E IMAGENS SACRAS QUEIMADAS EM SÃO GONÇALO DO AMARANTE

Capela é arrombada e imagens sacras queimadas em São Gonçalo do Amarante


Moradores do distrito de Guajirú, no município de São Gonçalo do Amarante estão indignados após a capela da comunidade ter sido arrombada e imagens sacras queimadas sobre o altar. O fato aconteceu na madrugada desta segunda-feira (23).
De acordo com a coordenadora da capela Robsônia Gomes os arrombadores e incendiários entraram pela lateral arrombando um portão. “Eles pegaram algumas imagens do armário colocaram todas sobre o altar e atearam fogo. Nós acreditamos que esses criminosos vieram exatamente para provocar o incêndio, visto que muita coisa de valor material foi deixada para trás”, disse.
A polícia local já foi acionada e conta com informações de polulares para conseguir prender os suspeitos. Qualquer informação dos autores do arrombamento o telefone 181 está disponível.

MULHER DE LULA, D. MARISA SOFRE AVC E É INTERNADA EM ESTADO GRAVE NO SÍRIO LIBANÊS

45w8w
Dona Marisa Letícia, mulher do ex-presidente Lula, teria sofrido um AVC (Acidente Vascular Cerebral) hemorrágico e foi internada em estado grave, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Segundo o colunista Ricardo Noblat, ela estaria passando por uma cirurgia, neste momento.
Procurada pela equipe do portal Uol, a assessoria de imprensa do Instituto Lula ainda não se pronunciou sobre o caso, mas a unidade de saúde confirmou o internamento da ex-primeira-dama.
O hospital, no entanto, não divulgou informações sobre o estado de saúde dela.

PERDEU, A CASA CAIU: POLÍCIA INDICIA EX-MULHER E NAMORADO PELA MORTE DE HOTELEIRO EM NATAL

Arquivo Pessoal)


A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa(DHPP) indiciou Martha Renatta Borsatto, 30 anos, viúva de Ademar Miranda Neto e o namorado dela Antônio Ribeiro Neto pelo homicídio do empresário, ocorrido no dia 07 de junho de 2016, na Avenida Roberto Freire, localizada no bairro de Ponta Negra. De acordo com a investigação da DHPP, Martha Renatta foi a mentora intelectual do crime.
No dia 08 de dezembro, a polícia prendeu Martha por mandado de prisão temporária após investigação, a qual constatou que a viúva aliciava testemunhas a deporem a seu favor e oferecia advogado para as mesmas. Na residência de Martha, policiais apreenderam aparelhos eletrônicos e drogas em cumprimento a mandado de busca e apreensão. Além dela, também foi preso no dia 12 de janeiro por mandado de prisão temporária, seu atual namorado, Antônio Ribeiro Neto, por atrapalhar as investigações do crime contra o empresário.
Martha Renatta e Antônio Ribeiro Neto foram indiciados pelos crimes de homicídio e fraude processual. Além destes crimes, ela também foi indiciada pelos crimes de porte de drogas para consumo pessoal e corrupção de testemunha.

SINALIZAÇÃO DOS CRUZAMENTOS COM AS LINHAS FÉRREAS ESTÁ

A Prefeitura do Natal, por meio da Secretaria de Mobilidade Urbana, está revitalizando a sinalização horizontal e vertical nos cruzamentos entre vias e a linha férrea na cidade. A ação tem como objetivo garantir mais segurança aos condutores de veículos e pedestres que utilizam a passagem de nível e reduzir o número de acidentes na ferrovia.
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, a linha férrea é sempre preferencial e transpô-la sem parar é infração gravíssima, sujeita a perda de 7 pontos na carteira. Isso porque o trem, ao contrário dos demais veículos, precisa de mais distância, cerca de 500 metros, para parar totalmente, mesmo após o operador acionar os freios.
Além da sinalização, o condutor de veículo ou pedestre deve ficar atento para algumas dicas de educação de trânsito:
– Ao se aproximar da linha férrea pare, olhe e escute e somente depois siga;
– Ao ouvir o apito, pare. Este é o sinal que está muito próximo;
– A linha férrea é sempre preferencial;
– Nunca estacione perto da linha férrea e nem aguarde a passagem do trem muito próximo do trilho;
– Não permita que seu filho ou filha brinque nos trilhos e lembre-se que a prática do surf ferroviário é proibida e pode levar à morte.

BOLETOS PODERÃO SE PAGOS EM QUALQUER BANCO DEPOIS DO VENCIMENTO A PARITR DE MARÇO

Um novo sistema de liquidação e compensação de boletos bancários irá permitir que as cobranças vencidas sejam pagas em qualquer banco. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que desenvolveu o mecanismo, diz que ele trará mais controle e segurança ao meio de pagamento, que agora terá no comprovante detalhes como os juros, as multas, os descontos e as informações do beneficiário e do pagador.
A mudança vai ser implantada de maneira gradual. A partir de março, cobranças iguais ou superiores a R$ 50 mil poderão ser pagas em qualquer banco e até o fim do ano o sistema valerá para boletos de qualquer valor.
A principal diferença do novo sistema será que todas as informações do boleto deverão estar em uma plataforma online. Dessa forma, os bancos poderão controlar melhor os boletos que foram postados e qualquer instituição poderá checar digitalmente os dados para realizar os pagamentos.
Assim que o consumidor, seja ele pessoa física ou jurídica, fizer o pagamento de um boleto vencido, será feita uma consulta para verificar se os dados do documento coincidem com os que constam na nova plataforma. Após a confirmação, a operação será validada.
Caso haja alguma divergência de informações, o pagamento não será autorizado e o consumidor deverá realizá-lo no banco que emitiu a cobrança, que terá condições de fazer as checagens necessárias.
No modelo atual, isso não acontece porque nem todos os boletos são registrados em uma base centralizada. Por isso, os emissores deverão registrá-los no seu banco de relacionamento, com as informações necessárias.
A plataforma ainda também fará o cruzamento de informações para evitar inconsistências de pagamento e identificação do CPF do pagador do boleto para fins de controle de lavagem de dinheiro.

PREÇO REFERENCIA DE GASOLINA NO RN SERÁ R$ 3,91 A PARTIR DE FEVEREIRO SEGUNDO CONFAZ

O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) alterou os preços de combustíveis a serem usados como referência para o cálculo de ICMS para 12 Estados e para o Distrito Federal. No RN, o preço médio ponderado ao consumidor final será de R$ 3,91 a partir do dia 1º de fevereiro.
Os novos valores valerão também para os Estados do Amazonas, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. A tabela com os valores foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 24. Confira:
Sem título

SÃO JOSÉ DO CAMPESTRE: SÉTIMO MANDAMENTO OPERAÇÃO APURA ESQUEMA DE FRAUDE E SUPERFATURAMENTO

Em desdobramento da Operação Démodé, força tarefa em São José de Campestre prende investigado por arrombamento na sede da Promotoria
Equipes de nove Promotores de Justiça e 13 policiais Militares encontram-se desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (24) cumprindo mandados judiciais de busca apreensão e de prisão com o objetivo de combater organização criminosa investigada por crimes furto qualificado, peculato, fraude à licitação e falsidade ideológica.


O esquema inicialmente apontava para possíveis práticas de fraude em licitações e superfaturamento, em prejuízo do erário do município de São José de Campestre, sendo objeto da Operação Démodé, desencadeada em dezembro do ano passado.

Durante as buscas, foram encontradas munições de revólver calibre 38 e cápsulas de pistola 556 além de R$ 4 mil do furto do banco da cidade.

A segunda etapa da investigação constatou que um dos beneficiários do esquema de desvio de recursos públicos, pessoalmente, fato comprovado inclusive por perícia forense de impressões digitais do Instituto de Polícia Técnica e Científica (ITEP), promoveu o arrombamento da sede da Promotoria de Justiça da Comarca de São José de Campestre/RN no dia 8 de dezembro de 2016, um dia após a deflagração da Operação Démodé, de lá subtraindo objetos da segurança da Instituição ministerial, após, sem sucesso, ter revirado a sede em busca dos documentos apreendidos na Operação, que não se encontravam na Comarca.

O investigado teve prisão preventiva decretada pela juíza da Comarca de São José de Campestre para a garantia da ordem pública e por conveniência da instrução criminal e será interrogado, já possuindo registro de condenação criminal e sendo suspeito de envolvimento em outros ilícitos.

ITEP RECOLHE MAIS UMA CABEÇA NA PENITENCIÁRIA DE ALCAÇUZ

Itep recolhe mais uma cabeça na Penitenciária de Alcaçuz


O Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) recolheu mais uma cabeça na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, nesta segunda-feira (23). De acordo com o Itep, isso não significa o aumento do número de mortos – 26 até o momento – porque alguns corpos foram liberados para as famílias sem as cabeças.
No último sábado (21), peritos já haviam recolhido duas cabeças, um antebraço, um braço e uma perna. Todo o material foi levado para o Instituto para identificação.
Até esta segunda, o Itep havia identificado 22 dos 26 mortos. Os presos cujos corpos foram identificados são:
Jefferson Pedroza Cardozo
George Santos de Lima Júnior
Willian Anden Santos de Souza
Antônio Barbosa do Nascimento Neto
Carlos Clayton Paixão da Silva
Jonas Victor de Barros Nascimento
Marcos Aurélio Costa do Nascimento
Anderson Barbalho da Silva
Cícero Israel de Santana
Marlon Pietro da Silva Nascimento
Eduardo dos Reis
Jefferson Souza dos Santos
Felipe Rene Silva de Oliveira
Charmon Chagas da Silva
Diego Felipe Pereira da Silva
Anderson Mateus Félix dos Santos
Luiz Carlos da Costa
Tarcísio Bernardino da Silva
Francisco Adriano Morais dos Santos
Lenilson de Oliveira Melo Silva
Diego Melo de Ferreira
França Pereira do Nascimento.
A direção do Itep ainda não informou a previsão para identificação dos outros quatro corpos.

AREIA E DUNAS: ALCAÇUZ FOI PROJETADO POR 2 UNIVERSITÁRIOS E DEBOCHE NACIONAL

A construção de Alcaçuz em cima de areia fina, de dunas, começa a virar deboche nacional. Hoje é destaque de capa do jornal Folha de São Paulo. A novidade é que o presidio foi um projeto de duas universitárias para conclusão do curso e que mesmo tendo projetado só acompanharam a construção uma única vez e afirmam que o governo quando construiu não seguiu itens de segurança essenciais.
Segue reportagem da Folha:
Cenário do massacre de 26 presos e sem controle do poder público há mais de uma semana devido à guerra entre facções criminosas, a prisão de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal, tem a origem de seus problemas há quase três décadas, quando saiu do papel com base num trabalho de conclusão de curso de duas alunas de arquitetura na Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Prevista originalmente num terreno rochoso na cidade de Macaíba, a 14 km de Natal, a planta foi adaptada e erguida sobre dunas no município de Nízia Floresta, ao lado da capital potiguar –com características que facilitaram a presença de esconderijo de armas e fugas com túneis escavados na areia.
Entre domingo (22) e segunda (23), por exemplo, policiais da Força Nacional encontraram três túneis ao redor de Alcaçuz –um deles camuflado com galhos de árvores, e outro só descoberto após a chuva levar parte da areia.
Além disso, apesar da entrada da PM no complexo na sexta (20), houve uma nova tentativa de fuga na madrugada desta segunda, pelo telhado. Um agente penitenciário percebeu a movimentação e disparou –um detento foi atingido no braço.
As falhas da prisão construída são reconhecidas por uma das arquitetas do projeto, para quem elas não estão especificamente nas dunas. “O problema é que normas de seguranças, como fundações bem feitas e muros reforçados, não foram realizadas corretamente. O projeto não foi seguido”, diz Rosanne Azevedo de Albuquerque, 50, hoje professora universitária.
Rosanne era estudante na faculdade quando, junto com a colega Lavínia Negreiros, decidiu fazer um projeto de presídio. “Era um trabalho de conclusão de curso sem nenhuma ambição”, afirma.
As duas criaram um presídio que tinha quatro pavilhões e áreas voltadas à educação, tratamento médico e oficinas. Na apresentação, receberam nota máxima. O governo se interessou e comprou a ideia. “Nem me lembro quanto pagaram, mas não foi muita coisa”, diz Rosanne.
As duas arquitetas puderam visitar a construção apenas no início. Depois, acabaram nem sendo convidadas para a inauguração, em 1998, na gestão do então governador Garibaldi Alves Filho, hoje senador pelo PMDB.
A planta previa um piso com camadas espessas de concreto e de grades de ferro, o que não foi feito. Com o tempo, os presos quebraram o piso e chegaram até a areia. Para fugir, cavavam túneis com as mãos e com pás de ventilador. Os buracos passavam por baixo do muro e saíam do lado de fora, numa vila que cerca o presídio –apelidado de “queijo suíço”.
Moradores do entorno estão acostumados com fugas –só no ano passado 102 detentos fugiram dali. Uma dona de casa, que preferiu não se identificar, afirmou que em 2016 encontrou vários presos nas ruas de terra. “Eles não mexem com a gente. Só querem fazer a fuga”, conta.
“Não sei como Alcaçuz não desabou ainda. Há verdadeiras cavernas embaixo. O que tem ali é areia, areia de praia”, diz Henrique Baltazar, juiz de execução penal que atuou na detenção entre 2010 e 2015. Segundo policiais e agentes penitenciários ouvidos pela Folha, é bastante difícil encontrar armas com os presos de Alcaçuz, porque eles as enterram nas dunas e na areia que existe no complexo.
Jogar objetos para dentro da detenção também não é tarefa difícil, já que o prédio fica numa área mais baixa e é cercado por outras dunas. Normalmente há seis agentes penitenciários por turno, para mais de mil presos.

HOMEM SUSPEITO DE ATEAR FOGO EM CASA TEM PRISÃO MANTIDA PELA JUSTIÇA

O desembargador Gilson Barbosa, vice-presidente do TJRN e integrante da Câmara Criminal, negou o pedido de Habeas Corpus Com Liminar n° 2017.000241-5, movido pela defesa de Wilton Felix da Silva, preso o desde o dia 10 de setembro de 2016, em decorrência de prisão em flagrante, posteriormente transformada em preventiva, pela suposta prática do crime descrito no artigo 250, do Código Penal combinado com a Lei nº 11.340/06 (Lei Maria da Penha). Delito que consiste em causar incêndio, expondo a perigo a vida, que, no fato em questão, teve como vítima a sua então companheira, com a qual já teve histórico de agressões.
O acusado foi preso, com registro do Auto de Prisão Em Flagrante de número 0102363-44.2016.8.20.0108, pela 7ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Patu, que atende as ocorrências em Martins, local do fato. O auto de prisão, mantido também em segunda instância, considerou que o investigado, em seu interrogatório policial, confessou ter ateado fogo mo colchão de sua casa e que já agrediu sua esposa anteriormente.
A decisão no TJRN, desta forma, também levou em conta que, a despeito de já ter formulado pleito de revogação de prisão preventiva, não apresentou qualquer elemento novo apto a afastar as evidências mantendo-se presente a necessidade da prisão cautelar como medida para garantir a ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal, no que toca à garantia da ordem pública.
“No caso dos presentes autos, pelo menos nesse momento de cognição, vejo que os documentos acostados não são hábeis a demonstrar o apontado constrangimento ilegal, isso porque, a fundamentação que decretou a custódia preventiva pelo menos nesta fase processual, se apresenta justificadas”, reforça o desembargador.

AGENTES GOVERNAMENTAIS TERIAM FAVORECIDO AÇÃO DO PCC DURANTE MASSACRE EM ALCAÇUZ

É destaque na primeira edição do Agora Jornal uma suposta negociata feita pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte com o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa paulista que está atuando no RN há anos. Segundo a publicação, um detento membro do Sindicato do Crime, facção potiguar que é rival do PCC, realizou a denúncia em entrevista exclusiva.
Confira a matéria na íntegra:
A crise penitenciária que está instalada no Rio Grande do Norte desde o último dia 14, quando a maior rebelião já registrada no estado tomou proporções assustadoras, segue rendendo muitas acusações entre as duas facções criminosas que comandam o crime em solo potiguar: Primeiro Comando da Capital (PCC) e Sindicato do RN. O Agora Jornal traz em sua primeira edição uma entrevista exclusiva com José Alexandre (nome fictício), detento de um dos pavilhões da Penitenciária Estadual de Alcaçuz e membro do Sindicato, organização que teve 26 homens mortos durante a grande rebelião daquele fim de semana.
Segundo José, a transferência de cerca de 220 detentos pertencentes ao Sindicato, realizada na quarta-feira (18), não foi bem digerida pela facção. Ele garante que houve negociação entre Governo do Estado e PCC para que o Sindicato, que domina 28 das 32 penitenciárias do RN, ficasse enfraquecido em Alcaçuz e consequentemente perdesse o domínio da maior unidade do estado. Um dia depois da ação, a rebelião foi reiniciada e novos presos foram assassinados, além dos que já haviam divulgados até então pelo Governo.
O reflexo da medida de transferência também chegou nas ruas. Para tentar chamar atenção das autoridades, o sindicato iniciou ataques contra ônibus, viaturas e prédios públicos, aterrorizando boa parte da população. A ideia, porém, não era trazer transtornos ao povo, e sim “tentar fazer com o que governo os ouvisse”. Segundo o membro da facção, o estado fez negócio com o PCC para desarticular o Sindicato e matar todos os seus componentes. Agentes penitenciários e diretores das unidades Rogério Coutinho Madruga e Alcaçuz foram citados.
Com tudo começou?
O ataque já estava sendo preparado por eles desde que aconteceu aquela situação em Manaus, quando o Comando Vermelho, que é nosso aliado, atacou o PCC. Estávamos prevendo uma possível retaliação, só não esperávamos que fosse acontecer de uma forma tão covarde. Era um dia de visitas e quando várias mães, mulheres e filhos estavam saindo da unidade começaram a ouvir barulhos de tiros e bombas em direção ao pavilhão 4. O PCC invadiu o pavilhão jogando bombas de efeito moral e gás de pimenta que pertenciam aos agentes penitenciários. Eles atacaram nossos irmãos com muitas armas de fogo, era impossível a gente revidar porque houve uma facilitação dos agentes antes de tudo.

Qual foi a principal motivação do ataque?
Foi a situação lá de Manaus. Era uma retaliação deles com tudo o que aconteceu por lá. Diversos integrantes do 15-3-3 (PCC) foram mortos pela facção que é nossa aliada, então eles revidaram por aqui.

Como foi o confronto? Estavam todos equipados com armas?
Eles começaram a nos atacar depois da visita. Jogaram muitas bombas na quadra do pavilhão 4 e isso sufocou vários dos nossos integrantes. Todos tinham armas de fogo, nós também tínhamos e buscamos nos defender. Atacaram de pistola, revólver e até mesmo com armas calibre 12.

Por que surgiu a decisão do Sindicato em levar os ataques para as ruas?
Esses ataques começaram depois que sofremos um verdadeiro golpe do Governo do Estado. Digo com toda a certeza do mundo que o PCC tem negócio com o Governo, principalmente com os representantes do Rogério Coutinho Magruda (Rubian do Nascimento Rocha) e de Alcaçuz (Ivo Freire). Nós apenas buscamos nos defender do golpe que sofremos quando o Estado transferiu 220 homens do Sindicato para o PEP no meio da guerra que estávamos vivendo, tentando nos desarticular e nos deixar em menor número dentro do presídio. Pela lógica, a transferência deveria atingir o lado oposto, já que a confusão toda partiu do PCC. Enxergamos essa decisão do governo como uma covardia diante do que vinha acontecendo aqui dentro e por isso decidimos começar os ataques nas ruas numa tentativa de fazer com o que o Estado nos ouvisse.

Ainda tem chance de haver confronto por aí?
Chance sempre terá enquanto não tirarem o PCC daqui de dentro. Essa ideia de construir um muro com contêineres para dividir as duas facções é querer tapar o sol com a peneira.

Como está o clima em Alcaçuz nos últimos dias?
De ontem (sexta, 20) para hoje (sábado, 21) a situação está tranquila, não tiveram mais confrontos. O Sindicato sempre frisou que não queria guerra, mas também não fugimos dela. Estamos aqui para vencer e vingar a morte de todos os nossos irmãos que foram covardemente assassinados no pavilhão 4.

Qual a intenção do Sindicato hoje?
Nossa intenção, como sempre frisamos no nosso estatuto de batismo, é nos mantermos em paz. Mas como falei, nós não fugimos da guerra. Como eles não quiseram o confronto acabou acontecendo essa rebelião.

O que o Sindicato pensa em fazer de agora em diante?
A atitude que nós tomaremos é a de extinguir o PCC do Rio Grande do Norte. Eles são liderados por estupradores e caguetas, não tem ética nenhuma dentro do crime. O PCC é uma facção que já está manchada em todo território nacional, todas as outras facções que fecham com a gente (Comando Vermelho, Primeiro Grupo Catarinense, Al-Qaeda, Família do Norte e Guardiões do Estado) tem esse pensamento.

O número de mortos da rebelião do dia 14 é maior do que o que foi anunciado?
Possivelmente sim, ainda tem muitos corpos espalhados por aqui nos pavilhões. Também tiveram mortes na confusão de quinta-feira (dia 19, um dia depois da transferência dos 220 integrantes da facção para o PEP).

De fato houve negociação do Governo do Estado com o PCC?
Sim, o governo negociou, assim como toda a direção da unidade que foi corrompida pelo dinheiro. Os próprios guariteiros jogavam sacos pretos com armas, drogas e munições em direção ao pavilhão do PCC. Visualizamos diversas vezes a direção do presídio jogando o telefone para os líderes do PCC. Eles subiam nas guaritas e jogavam o aparelho, ficavam conversando normalmente, coisa que nenhum fazia com a gente. Do nosso lado não tinha diálogo, era só bomba sendo arremessada e orientação para os guariteiros atirarem contra nós.

O que o Sindicato tem a dizer neste momento?
Nós sofremos um grande golpe por parte do Estado e de uma facção sem respeito algum no mundo do crime. É bom frisar mais uma vez que fomos atacados num dia de visita, um dia que é considerado o mais sagrado dentro do sistema carcerário. A intenção de ambos era nos exterminar, acabar com todos nós, mas Deus está do nosso lado, ele sabe que somos do crime, mas fazemos o crime justo e verdadeiro, não aceitamos falhas dentro do sistema e nem somos covardes. Estamos aqui para organizar a penitenciária desde 2013.

Para a sociedade, eu digo que podem ficar tranquilos porque nossa briga não é com os inocentes. Não queremos confusão com o povo e por isso já ordenamos para o ‘salve’ nas ruas ser paralisado. Só quero dizer que onde tiver PCC no Rio Grande do Norte nós vamos matar, onde tiver PCC na cadeia nós vamos matar. Só vamos nos cansar até arrancar a última cabeça dessa raça miserável.

NÚMERO DE MORTOS DURANTE REBELIÃO NA PENITENCIÁRIA DE ALCAÇUZ CHEGA PERTO DOS 60

Apesar do Governo do Rio Grande do Norte ter anunciado, até o momento, que ‘apenas’ 26 presos foram assassinados durante as rebeliões que aconteceram ao longo da semana passada em Alcaçuz, uma fonte dentro do presídio informou que o número de mortes, na realidade, deve chegar perto dos 60.
Em entrevista realizada neste final de semana, a fonte garantiu que houveram novos assassinatos no confronto que aconteceu na última quinta-feira (19), um dia depois de cerca de 220 membros do Sindicato do RN terem sido transferidos para a Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP).
“Ainda tem muitos corpos espalhados aqui dentro. Creio eu que foram cerca de 32 membros do Sindicato e algo em torno de 25 do PCC”, revelou.
Segundo a fonte, os confrontos entre as facções tiveram armas brancas e também armas de fogo envolvidas. Pistolas ponto 40 com munições letais e espingardas calibre 12 de balas de borracha foram utilizadas nos embates, que culminou numa verdadeira chacina dentro do presídio, ainda sem um número total de mortes oficializadas pelo Governo do Estado.

PRESOS TROCAM CELAS POR PÁTIO E NÃO ESCONDEM CELULARES EM ALCAÇUZ

Em meio à crise carcerária que o país enfrenta, os detentos parecem não se intimidar com a ação da polícia dentro dos presídios. Em seu décimo dia consecutivo de confronto, presos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, instalaram-se no telhado de um dos pavilhões enquanto falavam ao celular.
Desde o início das rebeliões, os detentos trocaram as celas pelo pátio do presídio e circulam livremente pelo local. Segundo o R7, um muro provisório de contêineres tenta dividir as duas principais facções criminosas que atuam no presídio de Alcaçuz.