Um agente da Polícia Militar que está ajudando a controlar a crise no
presídio de Alcaçuz admitiu que se os membros das facções do PCC e do
Sindicato do Crime não entrarem em confronto ainda na tarde desta
terça-feira (17), eles “com certeza” se enfrentarão à noite, já que
“está todo mundo solto”. O agente se mostra ainda preocupado com o fato
de que não há força ou munição suficientes para “matar essa quantidade
de presos” caso haja confronto; eles usam balas de borracha na esperança
de evitar uma batalha entre as duas facções.
“Achamos que não há condições de seguramos. Não temos como matar essa
quantidade de presos. Vamos tentar fazer apenas o que for preciso para
que não haja confrontos. Há viaturas aqui. Se não houver confronto
agora, vai haver à noite, porque está todo mundo solto”, afirma o
policial.
No depoimento, gravado em vídeo, o PM mostra membros do Sindicato nos
telhados de um pavilhão, enquanto que criminosos pertencentes ao PCC se
encontram do outro lado do complexo; entre os pavilhões não há nenhum
obstáculo separando os dois grupos, exceto a ação de dois agentes
penitenciários presentes. “De vez em quando atiramos com balas não
letais, para que não haja confrontos. Só há dois oficiais presentes
aqui: o Major Moura e Major Camilo, o restante ninguém sabe onde está”,
lamenta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário