Um novo confronto foi iniciado dentro da Penitenciária Estadual de
Alcaçuz por volta das 10h50 desta terça-feira (17). O barulho de tiros e
bombas pode ser ouvido por pessoas que estão do lado de fora do
presídio.
Segundo informações iniciais, os presos voltaram a invadir pavilhões
que não são os seus. Membros do pavilhão 5 invadiram e tomaram o
pavilhão 4, enquanto os presos pertencentes ao 1 foram para o 3.
Desta forma, integrantes das duas facções criminosas (PCC e Sindicato
do RN) estão frente a frente e podem iniciar um confronto a qualquer
momento.
As forças policiais estão tentando controlar a situação. Guariteiros
do presídio afirmam que as brigas são inevitáveis. Os detentos montaram
barricadas como forma de defesa. Ainda não se sabe se o barulho dos
tiros ouvidos são de balas letais.
Segundo o major Wellington Camilo, do Comando da Guarda
Penitenciária, os presos estão munidos de paus, pedras e facas. “A
situação é muito tensa”, disse.
Até o momento, a Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc)
ainda não confirmou a existência de uma nova rebelião, mas admitiu que a
situação está complicadíssima dentro da penitenciária.
Segundo o Governo do Estado, todas as tropas policiais já estão de
prontidão nos arredores do presídio, onde monitoram para evitar qualquer
tipo de fuga. A Polícia Militar, especificamente, está na entrada
principal.
Quatro presos que estavam feridos foram levados por outros internos
de Alcaçuz dentro de um carro de mão para a área administrativa do
presídio.
A informação de que havia um agente penitenciário como refém dos
bandidos não foi confirmada pela assessoria de imprensa da Secretaria
Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) em contato com o Portal Agora RN.
O clima começou a ficar tenso na Penitenciária Estadual de Alcaçuz no
final da tarde do sábado (14). Os detentos iniciaram uma rebelião e
mataram 26 pessoas, segundo informações repassadas pelo Governo do
Estado à imprensa no final da noite do domingo (15).
A rebelião foi confirmada pela Secretaria de Justiça e Cidadania do
Estado (Sejuc) tão logo iniciou. O coordenador de administração
penitenciária da Secretaria, Zemilton Silva, informou à imprensa,
naquele momento, que o tumulto era de “grandes proporções” na unidade
prisional da grande Natal.
A assessoria da Polícia Militar disse que o motim começou por volta
das 16h30, quando presos do pavilhão 1 invadiram o pavilhão 5 da
penitenciária. As alas são controladas por facções criminosas rivais,
denominadas de PCC e Sindicato do Crime.
Somente por volta das 6h30 da manhã de domingo (15), o Grupo de
Operações Especiais (GOE) da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania
(Sejuc) e a Polícia Militar, com equipes do BOPE e CHOQUE, deram início à
ocupação da Penitenciária.
De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa
Social (Sesed), a operação foi considerada um sucesso e o presídio
estava dominado pela equipe de segurança do Governo do RN.
Após a saída dos agentes de dentro do presídio, os presos voltaram a
fazer motins, mas até o momento não houveram novos confrontos. Ao todo, a
rebelião sanguinária durou 14 horas.
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