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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

"ELE SOFRIA AMEAÇAS DE MORTE", DIZ ADVOGADO DE VIÚVA DE HOTELEIRO

A defesa da viúva do empresário Ademar Miranda, morto a tiros em junho, afirmou nesta terça-feira (13) que a prisão da estudante de Direito Marta Renatta Borsatto, de 36 anos, "não tem fundamentos". O advogado Fernandes Braga ainda afirma que existem provas de que o empresário recebia ameaças da primeira mulher dele. “Existe um BO de Ademar contra essa ex-mulher, relatando ameaças de morte. E também um termo de depoimento de um homem que diz ser contratado por ela para matar Ademar”, afirma Braga.
Renatta foi presa na última quinta-feira (8) suspeita de ser a autora intelectual do crime, mas segundo o advogado não existem provas de que ela estaria coagindo testemunhas. “Não foi dito nada, não apresentaram nenhuma prova”, diz Fernandes. Já o delegado Ernani Leite, que conduz as investigações, disse que Renatta estava se contradizendo. "Ela caiu em contradição várias vezes e ainda tentou induzir algumas testemunhas a falarem o que ela queria. E como nós tínhamos um mandado de prisão foi dada voz de prisão aqui na delegacia mesmo". Renatta está presa no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Emaús, bairro de Parnamirim, na Grande Natal.
O advogado afirma que existem três documentos com informações relevantes. “Essas três peças mostram que Ademar tinha conflitos com a primeira mulher, que queria vê-lo morto”, explica. Os documentos em questão são um Boletim de Ocorrência de Ademar contra a primeira mulher, lavrado em 2010, denunciando ameaças da mulher. O segundo documento é um Termo de Depoimento, também de 2010, de um homem que afirma ter recebido uma proposta de matar Ademar em troca de uma moto. Esse homem mantinha relacionamento com a primeira mulher de Ademar.
O terceiro documento é um Boletim de Ocorrência de Renatta contra a primeira mulher de Ademar. O G1 teve acesso ao BO, feito em agosto de 2016. No documento consta que Renatta declarou que a ex-mulher de Ademar "lhe ameaçou dizendo que iria resolver de outra forma e que iria mostrar como se resolvia". Ainda segundo a declaração, o motivo da ameaça era disputa pela herança deixada pelo empresário.
Fernandes Braga afirma que os documentos já foram oficializados e já entrou com pedido de revogação da prisão. "Minha cliente está extremamente abalada, depressiva. Essa prisão não tem cabimento", relata Braga.
O crime
Ademar Miranda tinha 58 anos e era proprietário de um hotel na praia de Ponta Negra, na Zona Sul de Natal. Ele foi morto na Avenida Engenheiro Roberto Freire, na noite de 7 de junho. Ele estava dirigindo quando dois homens se aproximaram do carro dele e efetuaram os disparos.

*G1

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