Ex-deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), durante sessão na Câmara
O Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal pediu a
condenação dos ex-deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Henrique Eduardo
Alves (PMDB-RN) em alegações finais apresentadas à Justiça Federal na
ação penal derivada da operação Sépsis, que investiga desvios no Fundo
de Investimentos do FGTS (FI-FGTS), administrado pela Caixa Econômica
Federal.
Para Eduardo Cunha, o Ministério Público pediu pena de 386 anos de
prisão e para Henrique Eduardo Alves 78 anos por crimes como corrupção
passiva e lavagem de dinheiro. Os dois políticos estão presos e são
investigados em várias frentes.
O pedido do MPF foi enviado à Justiça Federal em Brasília. Os
próximos passos são as partes apresentarem alegações finais e o juiz do
caso, Vallisney de Oliveira, proferir a sentença.
A Operação Sépsis foi deflagrada em 1º de julho de 2016 como
desdobramento da Operação Lava Jato. O objetivo da operação Sépsis foi
investigar um suposto esquema de pagamento de propina para liberação de
recursos do FI-FGTS.
Cunha é réu nesse caso desde outubro de 2016. Além dele e de Henrique
Alves, também são réus Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa, o
empresário Alexandre Margotto e Lúcio Funaro, apontado como operador de
propinas do PMDB.
A denúncia do Ministério Público que originou o processo afirma que
os investigados cobraram e receberam propina de empresas interessadas em
obter empréstimos do FI-FGTS.
Na delação premiada, Fábio Cleto, indicado para a Caixa por Cunha,
narrou irregularidades que teriam ocorrido entre 2011 e 2015. Nesse
período, Cunha teria ficado com 80% da propina desviada do fundo;
Funaro, com 12%; Cleto, com 4%; e Margotto, também com 4%.
G1
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