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segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

ACUSADA DE MATAR BEBÊ DE 8 MESES A PANCADAS TEM AUDIÊNCIA EM NATAL

A Justiça do Rio Grande do Norte agendou para o dia 30 de janeiro de 2017 uma nova tentativa de se realizar a audiência de instrução e julgamento da dona de casa Josenilde Lopes de Mendonça. Hoje com 39 anos, ela é acusada de ter espancado e matado o próprio filho, um bebê de 8 meses.
Segundo o Tribunal de Justiça, duas audiências chegaram a ser marcadas no ano em que o bebê foi morto, mas tiveram que ser adiadas para que a mulher pudesse se tratar. Josenilde é dependente de drogas há mais de 20 anos.
Quanto à audiência, o procedimento foi marcado para acontecer na 3ª Vara Criminal de Natal, no Fórum Miguel Seabra Fagundes, a partir das 9h30. Na ocasião, além de inquerir a acusada, o juiz Ricardo Procópio Bandeira de Melo também deve ouvir as testemunhas arroladas pelo Ministério Público e pela defesa da ré. Em setembro de 2013, durante a última audiência, o próprio magistrado concedeu liberdade a Josenilde, mas determinou que ela cumprisse medida cautelar de submissão obrigatória a tratamento químico-toxicológico. Na decisão, o juiz determinou ainda que Josenilde apresentasse à Justiça, mensalmente, laudo da evolução clínica.
20 anos de dependência
A medida cautelar foi aplicada tendo em vista que a ré é viciada em crack há mais de 20 anos e que a dependência química de Josenilde está diretamente relacionada ao crime. Segundo a polícia, o corpo de Ramon estava sobre a cama da mãe, enrolado em um lençol e tinha um grande hematoma no lado direito do rosto. O laudo do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) aponta que a causa da morte do bebê foi traumatismo crânio-encefálico. De acordo com o delegado Sílvio Fernando, responsável pela investigação do caso, o traumatismo, provavelmente, foi causado por um soco.

Em depoimento à polícia à época da prisão, Josenilde admitiu que é usuária de drogas desde os 14 anos e que já foi internada 31 vezes para tratamento de dependênciaquímica em casas de recuperação em Fortaleza (CE), Recife (PE), João Pessoa (PB) e São Paulo (SP).
Ré confessa
Josenilde chegou a confessar que cometeu o crime à reportagem da Inter TV Cabugi. “Estou arrependida e espero o perdão de Deus”, disse ela. No entanto, a defesa da acusada nega que ela tenha matado o filho.

Entenda o caso
O filho de Josenilde foi encontrado morto no dia 9 de fevereiro de 2013. Foi um sábado de Carnaval. O pai da criança, Ramon Ramalho, que na época estava em Limeira, no interior de São Paulo, cobrou justiça para a morte do filho. "A droga e a negligência acabaram com a vida do meu filho", disse ele ao G1.

Ramon contou que conheceu Josenilde em Limeira, em 2011, ocasião em que ela frequentava uma clínica de tratamento para dependentes de drogas. Assim que iniciaram o relacionamento, ela ficou grávida e os dois se mudaram para Natal, onde viveram juntos por pouco mais de um ano. "Sempre soube do vício. Até pensei que o fato de ficar grávida e de ter um filho faria com que ela deixasse as drogas, mas infelizmente isso não aconteceu", acrescentou.

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