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segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

CHEGADA DE PRESIDIÁRIOS DO ALCAÇUZ FAZ WALFREDO GURGEL VOLTAR A SUPERLOTAR

O Hospital Memorial, especializado em ortopedia e traumatologia no RN, mantém suspensos desde dezembro, os atendimentos a pacientes advindos do interior do estado devido à dívida acumulada pelo Governo, que persiste desde agosto de 2016. Diante desta situação, o hospital Walfredo Gurgel vem sofrendo com a superlotação dos que aguardam por cirurgias. Para agravar o problema, no domingo (15), foram encaminhados presos de Alcaçuz com politraumatismos provocados pela rebelião do fim de semana, em Nísia Floresta.
Cerca de 25 cirurgias ortopédicas são realizadas por dia no Memorial em pessoas encaminhadas pelo Walfredo Gurgel. Em torno de 60% deste número corresponde àqueles que moram fora de Natal e buscam assistência médica na capital potiguar. Atualmente, as vítimas de acidentes com fraturas de membros inferiores estão sendo relocadas para os hospitais João Machado, Ruy Pereira dos Santos e Deoclécio Marques de Lucena, este último em Parnamirim, a fim de serem acompanhados por médicos generalistas e aguardarem as cirurgias, que não têm previsão para serem realizadas, ao passo que as sequelas só se agravam com o tempo. Fraturas mais leves são tratadas com um descaso ainda maior: sem expectativa de atendimento, os pacientes retornam às suas residências.
O corpo médico do Hospital Memorial se sensibilizou e lamentou a situação, uma vez que o atraso na realização das cirurgias agrava o quadro de cada paciente, que conviverá com as sequelas da longa espera, para o resto da vida. A administração reiterou que manteve o atendimento sem pagamento enquanto foi possível, prezando pela missão de cuidar e melhorar a qualidade de vida das pessoas debilitadas, mas a ausência de suporte e reembolso por parte do Governo tornou inviável a continuidade do trabalho a esses pacientes do SUS.

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