Caso
não sejam reeleitos nas eleições deste ano, 23 senadores investigados
pela operação Lava Jato – e pelos seus desdobramentos – podem perder o
foro privilegiado. Sem esse direito, eles perderiam automaticamente a
prerrogativa de serem julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF),
passando para a esfera responsável pela Lava Jato na primeira
instância..
Conforme relata o jornal O Globo, o número de parlamentares nessa
condição corresponde à praticamente metade dos 54 senadores que encerram
os mandatos este ano.
Dentre os nomes ameaçados pela Lava Jato estão integrantes da alta
cúpula do Senado Federal, como o presidente da Casa, Eunício Oliveira
(PMDB-CE); o líder do governo e presidente do PMDB, Romero Jucá (RR); o
líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), e o líder da minoria, Humberto Costa
(PT-RJ).
Renan Calheiros (PMDB-AL), ex-presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN),
Jader Barbalho (PMDB-PA) e Edison Lobão (PMDB-MA) também são alvos da
operação e terão que vencer nas urnas em outubro para garantir o foro
privilegiado. Este último é o atual presidente da Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ), considerado um dos colegiados mais
importantes da Casa.
Os senadores Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do Partido dos Trabalhadores, e José Agripino Maia (DEM-RN),
presidente nacional dos Democratas, também precisam renovar os seus
mandatos para preservar o foro privilegiado. A primeira é ré em ação
penal da Lava Jato, enquanto o segundo é réu em desdobramentos da
operação, ambos no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ciro Nogueira (PI), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Aécio Neves
(PSDB-MG), Aloysio Nunes (SP), Lídice da Mata (BA), Vanessa Grazziotin
(AM), Valdir Raupp (RO), Ricardo Ferraço (PSDB-ES), Dalirio Beber
(PSDB-SC), Eduardo Braga (PMDB-AM), Jorge Viana (PT-AC) e Ivo Cassol
(PP-RO) engrossam o coro dos que necessitam de uma vitória nas urnas
para preservar o direito a julgamento pelo Supremo.
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