Vice-presidente tenta emplacar Henrique Alves no ministério, mas a presidente Dilma desconversa. Potiguar tem de esperar um bocadinho mais.
Quando eu soube ontem (7) que o vice-presidente Michel Temer foi escalado para assumir a articulação política do Planalto, comentei com os meus botões:
- Ih, Henrique Eduardo Alves subiu no telhado. O ministério vai demorar muito mais do que o esperado.
Eliseu Padilha (Aviação Civil) recusou o convite da presidente, e ela decidiu entregar a articulação política ao vice-presidente na tentativa de 'amarrar' o PMDB.
Diante da recusa de Padilha, informa hoje (8) O Globo, Michel Temer sugeriu o nome de Henrique para a Secretaria de Relações Institucionais, mas Dilma não quis.
Cobrada sobre o anúncio de Henrique para o Ministério do Turismo, a presidente desconversou mais uma vez. Não havia clima.
A dura verdade é que Henrique Eduardo Alves está jogado no limbo: o padrinho dele, Eduardo Cunha, não quer assumir a indicação para não dever a Dilma; Michel Temer já tem dois ou três nomes na Esplanada; a presidente só aceita nomear Henrique para um ministério sem grande expressão; e o Turismo, nomeação provável, está nas mãos do presidente do Senado, Renan Calheiros.
Ou seja, ainda não sobrou lugar para Henrique. Quando surge, no caso específico da Secretaria de Relações Institucionais, a presidente prefere outros nomes numa demonstração clara de desprezo em relação ao político do Rio Grande do Norte.
Se eu fosse Henrique, já tinha desistido da empreitada. Já disse e repito: a situação dele é extremamente desconfortável. Eu diria também humilhante.
O futuro de Henrique Eduardo Alves é incerto neste momento. Não há vagas.
*Fonte: NOMINITO.COM
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